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Impasse sobre futuro da CPI continua; Yoshio comunica que não trocará nenhum membro

24 de maio de 2011 - 13:30

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Merenda, mesmo parada há cerca de 40 dias, continua rendendo as discussões mais relevantes da Câmara.

 

Na Sessão de ontem, o vereador Mário Coraíni, afirmou ser de “notável estranheza” que o foco da investigação da CPI – apurar irregularidades na execução do contrato com a empresa SP/Alimentação – esteja sendo desviado para a qualidade da merenda.

 

“A prefeitura gastou neste fim de semana mais de R$ 15 mil com publicidade em diversos veículos de comunicação da cidade defendendo a qualidade da merenda em Marília. É o cúmulo presenciar coisas dessa natureza”, desabafa Coraíni.

 

O presidente da Comissão informou, também, que recebeu o relatório da CPI da Merenda de Limeira, onde vereadores são acusados de terem recebido R$ 35 mil da SP/Alimentação para votar contra a abertura da Comissão. De acordo com o documento, o vereador que deu o “voto de minerva” teria negociado e recebido R$ 140 mil da empresa.

 

Além disso, Coraíni pediu, mais uma vez, para que o presidente da Casa, Yoshio Takaoka, trocasse todos os membros da CPI, alegando que, assim, estaria se preservando o bom andamento das investigações, uma vez que, para Coraíni, está sendo feito de tudo para retardar a apuração, devido a presença de dois membros que não assinaram o pedido de instauração da Comissão.

 

“São dois contra um. Não acredito que o presidente vai querer ficar no meio de uma situação que pode repercutir negativamente sobre ele”, disse Coraíni.

 

Logo após a fala do presidente da Comissão, o relator, Herval Rosa Seabra, pediu que “essas picuinhas” fossem deixadas de lado, pois a Câmara estaria perdendo tempo e deixando de apurar fatos importantes, que são de interesse de todos os marilienses.

 

Em seguida, o terceiro membro, Eduardo Gimenes, informou que havia protocolado uma carta solicitando informações quanto ao prazo da CPI, se está correndo ou suspenso, e pedindo a retomada imediata dos trabalhos.

 

Entretanto, apesar dos discursos de dedicação à investigação, Gimenes e Herval parecem ter se esquecido que, logo na segunda reunião da CPI, os dois exigiram que os trabalhos da Comissão só tivessem sequência após os documentos solicitados sobre o assunto serem entregues, processo esse que, até hoje, não terminou.

 

Ao ler a Carta de Apoio à CPI enviada pela MATRA à Câmara, o vereador Wilson Damasceno frisou esse fato. “A MATRA pede que a Comissão ande, e ela não andou até hoje porque a maioria dos membros impôs que se aguardasse o recebimento dos documentos, e até agora não chegaram todos”.

 

Para encerrar o assunto, o presidente da Câmara, de forma pouco democrática, afirmou que não irá mudar nenhum membro da Comissão. “Vamos focar, apagar as luzes e começar a investigar”, disse o vereador para Mário Coraíni.

(VM)

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