Julgamento de ação penal contra Camarinha é adiado mais uma vez
O julgamento da ação penal proposta pelo MPF (Ministério Público Federal) contra o deputado federal Abelardo Camarinha por prática de crime cometido durante seu mandato como prefeito de Marília foi adiado mais uma vez no STF (Supremo Tribunal Federal).
O motivo do adiamento foi a votação sobre mudanças na Lei Maria da Penha, realizada ontem (09).
A nova data para que o STF analise o caso é 16 de fevereiro, próxima quinta-feira.
Segundo a pauta de julgamentos do STF, Camarinha será julgado por supostamente utilizar-se, indevidamente e em proveito próprio, de bens, rendas ou serviços públicos.
De acordo com a denúncia, de julho a dezembro de 2000, quando exercia o cargo de prefeito, Camarinha teria alugado, após dispensa de licitação, por R$ 2.700, um apartamento pertencente a Walter Miosi e sua esposa, Maildes Lavagni Miosi, servidora municipal que ocupava cargo de confiança durante o mandato do ex-prefeito.
O MPF pede a condenação dos réus.
A defesa dos acusados alega prescrição do crime. Além disso, afirma que Camarinha desconhecia de quem era a propriedade do imóvel alugado e que não houve intenção de fraude em sua conduta, nem qualquer prejuízo aos cofres públicos municipais. Diz, ainda, que a acusação se baseia no testemunho de inimigos do ex-prefeito.
Se for condenado, Camarinha pode perder seu mandato e ir para a prisão.