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Legislativo

08 de fevereiro de 2011 - 14:21

A primeira Sessão Ordinária da Câmara de Marília deste ano começou quente. Isso porque após a formalização da renúncia de Amadeu de Brito e a posse de seu suplente Marcos Custódio deu-se inicio a uma discussão que, a primeira vista, pareceu inútil, mas que revelou a grande disputa política pelo controle da maioria de votos na Casa.

A confusão começou quando o grupo de seis vereadores que atualmente fazem a oposição ao governo na Câmara (Wilson Damasceno, Mário Coraíni, Júnior da Farmácia, Sydney Gobetti, Pedro do Gás e Eduardo Nascimento) questionou o assento destinado a Custódio no plenário, localizado entre Herval Seabra e Donizeti Alves, ambos pertencentes ao grupo formado pelos parlamentares que elegeram Yoshio Takaoka à presidência da Casa (Herval, Yoshio, Donizeti, Eduardo Gimenes, José Carlos Albuquerque e César ML).

De acordo com Pedro do Gás, Custódio deveria sentar-se no lugar que era ocupado por Amadeu de Brito – ao lado de Damasceno. Entretanto, no início da sessão, quem ocupou esse assento foi Albuquerque.

Ao ser questionado sobre como foi decidida essa mudança nos assentos, o presidente da Casa, em sua sessão de estreia, disse que havia acontecido uma votação na qual foi decidido que Albuquerque mudaria de lugar. E foi aí que a coisa esquentou de vez. Os vereadores de oposição quiseram saber, então, quem havia votado esse assunto, já que não haviam sido comunicados. Começou assim a discussão mais importante da primeira sessão da Câmara deste ano. Coraíni e Nascimento chegaram a chamar Yoshio de mentiroso, dizendo que esse havia iniciado mal seu mandato como presidente da Casa. Depois de muito bate-boca – que teve até participação do público presente – Yoshio deu um basta na polêmica e bateu o martelo: “a presidência decidiu assim e assim será”.

Para os vereadores da oposição, essa “dança das cadeiras” tem o intuito de evitar que Custódio possa articular com a oposição durante as sessões, pois ambos os grupos tem seis integrantes, portanto, o grupo que tiver o voto de Custódio terá a maioria da Casa.

Desistência

Um ofício encaminhado pelo prefeito Mário Bulgareli à Câmara retirou sete projetos de tramitação (Projetos de Lei número 58/2008, 05/2009, 196/2009, 24/2010, 36/2010, 38/2010 e 50/2010).

Dentre esses, o mais polêmico é o que previa a Criação da Arsam (Agência Reguladora de Saneamento Básico de Marília), que teria autonomia para administrar convênios, parcerias de prestação de serviços de saneamento, além da iniciativa privada. Para os movimentos sociais, essa agência poderia servir para privatizar a obra de tratamento de esgoto.

(VM)

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