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Lei Nacional de Resíduos Sólidos abre caminho para tecnologias

02 de março de 2011 - 09:46
Com a entrada em vigor da Lei Nacional de Resíduos Sólidos, sancionada no final de 2010, até 2014, o País precisa eliminar os lixões e melhorar as condições de seus aterros, que nem sempre tratam o chorume e os gases gerados pela decomposição do lixo. Hoje, 43% dos resíduos coletados no Brasil não recebem destinação adequada, como é o caso de Marília.

Para adequar o País a nova realidade exigida por lei, novas tecnologias para resolver o problema do lixo urbano começam a chegar ao Brasil. 

Ontem, por exemplo, o Secretário da Fazenda e Chefe de Gabinete, Nelson Granciéri, durante a Audiência Pública realizada para discutir a destinação do lixo em Marília, se comprometeu a apresentar hoje um projeto de lei que permite a Prefeitura contratar uma empresa para implantar, de graça, uma usina de reciclagem na cidade. Em troca da instalação da usina, a Prefeitura deverá conceder, por 20 anos, o lixo da cidade para que a empresa trabalhe o material e lucre com o comércio de seus subprodutos.

Outras tecnologias também começam a aparecer no País e se tornam cada vez mais competitivas, como a que possibilita a transformação dos resíduos em combustíveis, conhecida pela sigla CDR (combustível derivado de resíduo).

De acordo com matéria publicada hoje no jornal O Estado de São Paulo, a empresa de gestão de resíduos Estre Ambiental trouxe a tecnologia CDR para o País e instalou em Paulínia o “Tiranossauro”, um equipamento importado da Finlândia. Em um galpão de 6,2 mil m², a máquina tritura, separa e transforma o lixo em combustível. Segundo a reportagem, o equipamento, em testes, deve começar a operar comercialmente em abril.

A tecnologia CDR está em operação em outras 50 cidades do mundo, como Roma e Helsinque, e a unidade em Paulínia tem capacidade para processar mil toneladas de lixo por dia e permite produzir 500 toneladas/dia de combustível para fornos industriais.

A tecnologia da incineração dos resíduos em termelétricas que geram energia elétrica, comum na Europa e Japão, é outra que deve entrar em operação nos próximos meses. Há estudos de viabilidade em andamento em capitais como Belo Horizonte e em municípios de porte médio, como São Sebastião, Barueri e São Bernardo do Campo.

O custo da incineração dos resíduos ainda é um empecilho – em torno de R$ 250 a tonelada, enquanto o custo médio da destinação a aterro é de R$ 90 a tonelada. Mas esses custos podem ser reduzidos com a venda da energia elétrica gerada. 

(VM, com informações do jornal O Estado de São Paulo)

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