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Máfia da Merenda: Justiça recebe ação contra Abelardo Camarinha, Mário Bulgareli

07 de fevereiro de 2013 - 12:05

O Juiz da 3ª Vara Cível, José Antonio Bernardo, recebeu ação movida pelo Ministério Público (MP), a qual investiga a participação de Mário Bulgareli, Abelardo Camarinha, Carlos Umberto Garrossino (ex-Secretário da Administração), Marildes Lavigni da Silva Miosi (Assessora Parlamentar), Nelson Virgílio Grancieri (ex-Secretário da Fazenda), Eloizo Gomes Afonso Durães (Diretor da SP Alimentação), Antonio Santos Sarahan, Olésio Magno de Carvalho e Silvio Marques (sócios da empresa) no pagamento de propina pela empresa SP Alimentação e Serviços LTDA, responsável pelo fornecimento da merenda escolar em Marília.

Com a ação proposta pelo MP, os réus tiveram prazo para elaborar defesa, porém o juiz não aceitou as alegações apresentadas e recebeu a ação. Agora, os réus terão o prazo de 15 dias para apresentar contestação, mas, mesmo assim, o processo terá andamento.

Esquema de corrupção

O caso, que ficou conhecido como Máfia da Merenda, teve repercussão nacional. Os envolvidos faziam parte de um esquema de pagamentos de propinas pela SP Alimentação e seus sócios para Mário Bulgareli e Abelardo Camarinha.

As propinas teriam sido pagas, por ocasião de um contrato para fornecimento de merenda escolar, entre 2005 e 2008. O acordo entre a fornecedora e a Prefeitura iniciou em 2003, quando Camarinha era Prefeito e foi prorrogado constantemente sem licitação até o governo de Bulgareli.

Para essas prorrogações, Camarinha e Bulgareli cobravam “comissões” mensais para a SP Alimentação e seus sócios. O valor da transação das propinas chegou a R$ 600 mil.

Para investigar o caso, foi criada uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que colheu 13 depoimentos. Dentre eles, o do empresário Genivaldo Marques dos Santos, que denunciou o esquema.

Em seu depoimento à Comissão, Genivaldo teria confirmado que até 2005 a SP Alimentação pagava propina de 10% do valor do contrato firmado com a Prefeitura para o ex-prefeito Abelardo Camarinha. A partir de 2006, essa quantia passou a ser dividia entre Camarinha e Mário Bulgareli.

Conforme apurou a CPI, de 2003 a 2010, aproximadamente R$ 2,6 milhões foram desviados do contrato de aquisição de merenda escolar em Marília para os acusados.

Para ler a decisão, clique aqui.

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