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Marília Censo 2010: IBGE encontra problemas em três de cada dez entrevistados

12 de agosto de 2010 - 00:00
Os recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mal começaram os trabalhos de pesquisa nos mais de 61 mil domicílios da cidade e já se deparam com um problema que pode causar demora na coleta de dados. Cerca de 30% das residências têm de ser visitadas duas vezes ou mais. Entre os principais motivos, apresentados ontem em balanço parcial das atividades, estão a recusa em responder aos questionários ou, em sua maioria, ausência do morador. Responsáveis pela não efetivação de considerável parte das entrevistas, as recusas vêm diminuindo aos poucos. “O número de recusas caiu e agora soma aproximadamente 10%, pois a população vai tomando conhecimento de como o trabalho é realizado e do sigilo dos dados prestados. Outro fator que obriga o retorno do recenseador é a ausência de pessoas em 20% dos casos”, explicou o coordenador do IBGE de Marília, Antônio Inácio da Silva Neto.
Em bairros mais nobres o maior receio é a divulgação de dados de renda, o que gera insegurança. “Os moradores devem exigir a identificação do recenseador”, orientou. Mas caso permaneçam dúvidas, informações também podem ser obtidas pelos telefones 3433 4693 ou 3432 4175.
A expectativa é de que o Censo 2010 seja concluído até a segunda quinzena de outubro. “Esperamos que este número de retornos diminua para que possamos avançar com mais rapidez. A região de Marília compreende grande quantidade de propriedades rurais e distritos, que de igual maneira devem ser visitados”, explicou.
Para facilitar a ação dos agentes, o município foi dividido em 340 setores, onde cada um deles possui 300 casas. Ontem a aposentada Vilma Silva Correa, moradora do Jardim Bandeirantes, zona Oeste da cidade, relutou em atender e fornecer informações ao recenseador em sua casa. “Fiquei com muito medo, pois todo o cuidado é pouco. Apesar de ser apresentado o crachá e colete não é fácil confiar. Os bandidos hoje usam até farda policial para cometer crimes”, disse.

Identificação e questionários

Ontem (11) todos os funcionários que representam o instituto na cidade receberam coletes de identificação e bonés. Houve atraso na chegada dos uniformes, o que gerou maior número de recusas de informações nas abordagens. Os recenseadores trabalham com dois questionários distintos. No básico o morador deve revelar suas condições de saneamento básico, nível de escolaridade, além da renda média de todos os integrantes da família.
Já o questionário de amostra, que é feito com uma em cada 10 casas visitadas é mais extenso, cuja duração média é de 20 a 30 minutos. Entre as 200 perguntas estão quantos cômodos a casa possui, quantidade de aparelhos eletrônicos, móveis, profissão, se é emigrante, domina alguma língua indígena, possui acesso à internet, aparelho celular, entre outros.
O Censo revelará o retrato da sociedade brasileira, em um conjunto de informações demográficas, socioeconômicas e habitacionais. Investigando as características dos domicílios, as relações de parentesco, fecundidade, educação, trabalho, renda, cor e raça, de ciência e religião, entre outros, servindo de base para o planejamento público e privado da próxima década. Os que se recusarem a prestar informações, estarão sujeitas a penalidade de até 20 salários mínimos.
 

 
Fonte: Correio Mariliense (Material Editado)

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