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MATRA alerta: portais da transparência da Administração Municipal não estão funcionando como deveriam

14 de abril de 2014 - 10:30

Segundo Lei de Responsabilidade Fiscal, todas as informações acerca das contas públicas devem ser disponibilizadas em tempo real, porém não é o que acontece em Marília

acesso à informação municipalAlém de estabelecer normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, a Lei de Responsabilidade Fiscal nº 101/2000 assegura a transparência dos atos da Administração Pública mediante publicação em tempo real na internet de informações sobre a execução orçamentária e financeira, ou seja, sobre todas as entradas e saídas de dinheiro público.

Porém, nem a Prefeitura, nem os demais órgãos municipais apresentam um portal da transparência completo e apto a permitir a compreensão dos dados pela população. Observando essa situação, a MATRA – Marília Transparente pergunta: Qual o motivo da não colocação dos dados sobre as contas públicas em tempo real no portal da transparência da cidade, conforme manda a lei? Os únicos dados disponibilizados encontram-se “soltos”, sem conexão um com o outro.

Por exemplo: no portal da transparência da Prefeitura não se encontra o balanço patrimonial de 2013. Também não é disponibilizado um relatório de fácil compreensão com informações sobre os valores das receitas e despesas pagas. Dessa forma é possível saber se receitas e despesas de um determinado período estão dentro do previsto, acima ou aquém.

Também se observa a publicação de algumas informações sobre a Administração Pública no Diário Oficial do Município, porém, esses dados são divulgados esporadicamente, impedindo a coleta de elementos para uma análise.

Se a Prefeitura publicasse todas as informações em tempo real sobre as receitas e despesas seria possível a população acompanhar a situação financeira da Administração. Ao assumir o mandato em 2013, o Prefeito Vinícius Camarinha anunciou que a Prefeitura tinha uma dívida, segundo ele “herança maldita”, de R$ 234 milhões e que o município estava falido. Porém, a MATRA realizou uma análise por meio das informações solicitadas à Prefeitura e constatou que não havia uma situação de desespero e sim uma dívida em que 75% do total do endividamento seria paga parte em 15 anos e a outra parte em 20 anos. Portanto, seria necessária uma organização de fluxo de caixa sem atropelos para cumprir com essa obrigação.

No começo de 2.014 foi anunciado que o ano de 2013 foi fechado com um superávit de 6%, passando a impressão de que aquela situação maldita estava resolvida. A questão é se a Prefeitura divulgasse as informações acerca das contas públicas não haveria tantas dúvidas em relação à situação financeira da cidade.

A propaganda a respeito da existência do portal da transparência leva o mariliense a acreditar que realmente todas as entradas e saídas de dinheiro dos cofres públicos estão bem discriminadas. Deveria ser assim, mas na realidade não o é.

A MATRA estuda a tomada de providências, inclusive com acionamento do Ministério Público e do Poder Judiciário, para obrigar a Administração Pública Municipal a cumprir o que determina a lei, ou seja, informar no portal da transparência tudo o que entra e sai de dinheiro que pertence a todos nós.

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