Notícias

Busca

MATRA

Matra completa hoje (16) sete anos de luta contra a corrupção

16 de outubro de 2013 - 13:52

DSC_0507

Hoje (16), a Matra comemora sete anos de fundação. Criada por marilienses preocupados em garantir a transparência da gestão municipal e fiscalizar o uso do dinheiro público, a entidade realiza mutirões da cidadania, promove ações e representações junto ao Ministério Público em caso de denúncias de irregularidades para tentar coibir práticas ilegais e seus componentes marcam presença nas sessões da Câmara Municipal.

Por meio do site e programas de rádio veiculados diariamente na Rádio Clube AM, noticia todas as suas ações e fatos ligados à administração pública local e nacional. A sua participação nas redes sociais garante que mais pessoas tenham acesso às informações.

 A entidade tem cumprido sua função na fiscalização constante da gestão pública, o que resulta em uma melhora na qualidade de vida da população. Desde a sua criação já desenvolveu várias ações na cidade, como promover representação junto ao MP para impedir o aumento do IPTU em 2011; igual providência contra irregularidades na distribuição de benefícios do programa Bolsa Atleta; envio de carta de apoio à CPI da Merenda com a divulgação de todo o processo de investigação e formulação de pedido de instauração de Comissão Processante para responsabilização dos autores do desvio do dinheiro da merenda; formulação de pedido de impeachment do ex-prefeito Mário Bulgareli; recolhimento de 14 mil assinaturas contra o aumento do número de vereadores e envio de ofício ao Presidente da Câmara solicitando a revogação da homologação do certame que promoveu a licitação para implantação do painel eletrônico de votação, representação ao MPF para retomada do caráter deliberativo do Conselho de Habitação; denúncia de uso irregular do dinheiro da saúde na administração passada; reexame da dívida da Prefeitura; dentre outras ações.

Se você também quer combater a corrupção e a má gestão na cidade, venha fazer parte da MATRA. Participe!

 CONFIRA O DISCURSO DE FUNDAÇÃO DA MATRA

Marília Transparente é uma entidade não-governamental, com formato de associação civil de interesse público, sem fins lucrativos, desvinculada de qualquer interesse político-partidário, formada por pessoas dos mais diversos segmentos e áreas de atuação profissional, que visa valorizar a ética, estimular a cidadania participativa e, sobretudo, sensibilizar a comunidade dos altos custos sociais e econômicos da corrupção e da improbidade no âmbito da administração pública em geral.

 (Por procurar colaborar com o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e solidária, Marília Transparente integra o chamado terceiro setor. O Estado é designado primeiro setor, competindo-lhe as obrigações previstas na Constituição Federal e a realização do bem estar social. As pessoas jurídicas com fins econômicos compõem o segundo setor).

 Difundir os princípios éticos e combater atos que lhe são contrários, de que são exemplos maiores a corrupção e a improbidade administrativa, são as bases em que estará assentado o trabalho da Marília Transparente.

 Durante as inúmeras reuniões que realizamos fez-se comum a percepção de que nossa letargia, ou melhor, nossa inescusável omissão (na dura crue za do vernáculo), prestou-se a servir de terreno fértil à semeadura e conseqüente avanço da praga da corrupção.

 Concluímos, com a paradoxalidade própria resultante da mescla do sentimento de tristeza pelo silêncio até então mantido e do afloramento de um vigor incontido, ser chegada a hora de nos mobilizarmos, aglutinar forças, cobrar medidas, atuar em favor da boa administração dos recursos públicos e fazer valer a proteção dos direitos que a Constituição da República garante ao cidadão.

 De nenhuma serventia, a não ser para uma enganosa auto-expiação, o reclamo isolado, o resmungo individual, estéril e infecundo de muitos, “cada um em seu canto”, contra o comportamento pouco ético dos homens públicos.

 “A pressão da sociedade, cada vez mais bem informada, é um importante instrumento para a luta contra os deslizes éticos cometidos”, observa o culto Magistrado Paulista JOSÉ RENATO NALINI.

 Impõe-se invocar, a propósito, o autorizado magistério ditado pelos valorosos integrantes da organização não governamental Amigos Associados de Ribeirão Bonito (AMARRIBO) precursora de todas as outras que se lhe seguiram, no sentido de que “o exercício da cidadania pressupõe indivíduos que participem da vida comum. Organizados para alcançar o desenvolvimento do local onde vivem, devem exigir comportamento ético dos poderes constituídos e eficiência nos serviços públicos. Um dos direitos mais importantes do cidadão é o de não ser vítima da corrupção”.

 Imprescindível, portanto, para a sobreposição do bem ao mal, da retidão à ilicitude, a constituição de uma organização voltada à promoção da ética e à rejeição à improbidade, sabido que o homem só conhece dois freios: o pudor e a força. Daí a pertinência, razão, causa, do surgimento da Marília Transparente, cuja pretensão, por óbvio, não é e jamais será a de substituir as instituições legitimamente criadas, estruturadas e capacitadas à proteção do erário público e à punição dos transgressores. 

 O homem público probo por certo expressará sincera aprovação à iniciativa do tipo. Prestigiará nosso trabalho, porque nada terá a temer, mesmo porque a Marília Transparente não se prestará à prática do denuncismo inconseqüente e tampouco à leviandade acusatória. O objeto de sua atuação é coisa séria, e com seriedade será tratado.

 Cabe lembrar, de outro passo, como registra a literatura, que ética traduz um tipo de comportamento propriamente humano, não natural.

 Assentada que está na valorização do bem, da virtude, do mérito, do valor da pessoa e do ideal de uma sociedade justa, a ética não nasce com o homem.

 Ela precisa ser assimilada, divulgada, lembrada e reforçada, mormente no meio estudantil, de modo a sobrar afastado o conceito consumista-material de que “ter é muito mais importante do que ser”.

 Não sem razão o primeiro dos objetivos da Marília Transparente, consoante seu estatuto, é o de “promover ações voltadas para a ética, na política inclusive, para a cidadania e os direitos humanos, especialmente os da criança e do adolescente”, o que será alcançado, na prática, mediante a realização de palestras nos estabelecimentos de ensino de nossa cidade, por membros da entidade ou terceiros convidados.

 Uma última palavra: é imprescindível que o entusiasmo próprio da largada, hoje verificada, se perpetue no tempo, e que não imitemos o corneteiro de regimento que, após dar o toque de assalto e fazer grande ruído, se julga dispensado de tomar parte da luta.

Comentários

Mais vistos