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Matra participa de curso sobre jornalismo investigativo em São Paulo

08 de setembro de 2014 - 10:30
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O curso foi realizado pela AMARRIBO e pela Adenauer na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Nos dias 28 e 29 de agosto, a AMARRIBO Brasil / Transparência Internacional e a Fundação Konrad Adenauer realizaram o “Curso de Jornalismo Investigativo: capacitação para ativistas e organizações locais”, na ALESP – Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. O curso faz parte de uma iniciativa piloto AMARRIBO Brasil e a Fundação Konrad Adenauer, e contou com o apoio da Abraji – Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, ALESP, ARTIGO 19, Escola de Dados e Open Knowledge Brasil (OKBR).

Com carga horária de 12h distribuídas em aulas teóricas e oficinas práticas, o curso contou com 50 participantes, dentre eles a MATRA, e abordou práticas de texto e reportagem, produção de vídeo e utilização de dados públicos, assim como módulos temáticos sobre orçamento, poder legislativo municipal e segurança do jornalista independente e do comunicador ativista.

O curso está dentro da atuação estratégica da AMARRIBO Brasil, no processo de integração à rede global da Transparência Internacional, que de dá a partir de três eixos: apoio a vítimas de corrupção; trabalho em rede e produção de conhecimento anticorrupção.

A mesa de abertura contou com a presença do Felix Dane, representante no Brasil da Fundação Konrad Adenauer, e Leo Torresan, presidente da AMARRIBO Brasil / Transparência Internacional.

“Disseminar o conhecimento, fazer o que iremos fazer aqui hoje e amanhã com este curso, faz parte de nossa estratégia. Através da sua aliança com a Transparência Internacional, a AMARRIBO Brasil, juntamente com seus parceiros, busca trazer não só trazer conhecimento de outros capítulos, mas também criar as condições para a produção local de conhecimento e soluções específicas. Esperamos que dessa relação com a TI, não só a AMARRIBO cresça e se beneficie, mas sim, que todo o movimento brasileiro anticorrupção ganhe”, disse Torresan.

Após a abertura, os trabalhos foram iniciados com a oficina “Regras básicas de uma grande reportagem”, ministrada por Adriana Carranca, repórter especial do Estadão. Adriana contou sobre sua experiência com a cobertura de conflitos e guerras, e abordou a importância da apuração, da contextualização e da organização da informação para a produção de reportagens consistentes no jornalismo investigativo.

Em seguida, encerrando as atividades da quinta-feira, Marina Atoji, gerente-executiva da Abraji, apresentou “Como usar a Lei de Acesso à Informação”, demonstrando como fazer pedidos de informação mais eficazes e debatendo impasses sobre a Lei junto aos participantes. Baixe aqui o guia “Lei de Acesso a Informações Públicas – O que você precisa saber”, produzido pela Abraji, que resume os principais pontos da Lei de Acesso (nº 12.527/2011) em linguagem direta e acessível.

Na sexta-feira, os trabalhos foram abertos logo cedo com a “Oficina de Vídeo” com Renato Levi, professor da PUC-SP e da USP, que apresentou noções importantes sobre a produção em vídeo e aspectos da narrativa e viralização.

Em seguida, Camila Marques e Pedro Teixeira, da ARTIGO 19, realizaram a oficina especial sobre comunicação e segurança: “Fui processado. O que eu faço?”. Eles apresentaram os principais motivos que causam processos judiciais contra blogueiros, ativistas digitais, jornalistas e internautas, e através de casos práticos discutiu sobre como funciona um processo judicial, como buscar ajuda de advogados e argumentos vindos do direito internacional que o comunicador pode usar a seu favor. Baixe aqui o guia “Fui processado. O que eu faço?”, da ARTIGO 19.

À tarde, Fábio Oliva, conselheiro da AMARRIO Brasil, fez uma palestra sobre “O papel do jornalismo investigativo no combate à corrupção: casos reais”, detalhando também a relação entre a mídia e a sociedade civil.

Em seguida foi realizada uma “Oficina setorista: cobrindo o Legislativo Municipal”, com Natália Peixoto, repórter do Site UOL, abordando a cobertura das casas legislativas municipais, entendendo sua estrutura e questões relevantes que passam por lá.

Por fim, encerrando o curso, a Open Knowledge Brasil e a Escola de Dados, realizaram uma “Oficina de transparência e dados abertos”. Everton Zanella Alvarenga apresentou o conceito de dados abertos, com exemplos práticos. “Transparência não significa disponibilidade. Informações divulgadas por órgãos públicos precisam respeitar uma série de critérios, inclusive legais, para serem consideradas abertas”, disse Zanella. Marco Túlio Pires ensinou os participantes como filtrar, analisar e limpar dados em programas de planilhas (Google Sheets).

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