Os membros da CP (Comissão Processante) do Caso Choquito se reúnem na próxima semana para definirem se darão continuidade às investigações ou se pretendem arquivá-la. Se a decisão for pela segunda hipótese, os vereadores terão que votar pelo encerramento dos trabalhos.
O presidente da CP do Caso Choquito, José Bássiga Goda (PHS), disse que após recebimento da defesa do vereador investigado, a reunião deverá ser agendada em dois dias. “Precisamos ter esse documento em mãos para fazer a nossa análise”.
A relatora da Comissão Processante é a vereadora Sônia Tonin (PSC) e o terceiro membro é Cícero do Ceasa (PT).
O vereador João Paulo Salles, o Choquito (PSD), tem até o próximo dia 25 para apresentar sua defesa aos membros da Comissão Processante. Notificado na última segunda-feira (16), a assessoria jurídica do parlamentar tem o prazo de dez dias para entregar os documentos com as argumentações.
Choquito faltou nas últimas quatro sessões da Câmara Municipal e desde o último dia 2 está de licença médica (25 dias de duração).
A assessoria jurídica de Choquito chegou a tentar impedir a abertura de CP na Câmara Municipal. Porém, no dia da votação o juiz da Vara da Fazenda Pública, Silas Silva Santos, indeferiu o pedido. A criação da comissão que vai investigar o vereador na Casa de Leis teve aprovação unânime.
O edil é investigado pela Polícia Civil após apreensão de vídeos em computadores de Choquito em que ele aparece tendo relações sexuais com menores de idade. O inquérito deve ser concluído nos próximos dias.
Diferente da investigação na esfera criminal realizada pela polícia, a CP vai apurar uma possível quebra de decoro parlamentar de Choquito. Inclusive, um dos computadores apreendidos pertencia à Câmara Municipal.
Promotor de eventos, João Paulo Salles, conhecido popularmente como Palhaço Choquito, foi eleito pela primeira vez para o cargo de vereador na eleição do ano passado com 1.407 votos na coligação PT/PSD/PPL/PP e PC do B.
Caso Choquito seja cassado ao término da apuração da CP, o primeiro suplente dele, Marcos Rezende (PSD), que obteve 1.378 votos, assume a vaga.
Diante das investigações da Polícia Civil e da abertura de Comissão Processante, o PSB deve decidir em breve sobre o pedido de expulsão do vereador da sigla.
Fonte: Jornal da Manhã
