Mesmo fora da pauta, IPTU e taxa de lixo foram assunto na Sessão da Câmara
Os movimentos sociais marcaram presença, mais uma vez, na Sessão da Câmara de ontem. E, mesmo sem estarem na pauta, os projetos da Prefeitura que pretendem aumentar o IPTU e recriar a taxa de lixo foram os principais assuntos do dia.
Em seu pronunciamento na tribuna, o vereador Sydney Gobetti, que já declarou ser contrário aos projetos, afirmou que a taxa de coleta de lixo que se pretende implantar em Marília é a mais cara do Brasil, além disso, alertou aos presentes que a previsão de arrecadação da Prefeitura com essa taxa está subestimada.
“De acordo com dados da Prefeitura, em Marília há hoje 80 mil imóveis. Se cada um deles pagar, por baixo, R$ 300 de taxa de lixo, a arrecadação com essa cobrança será de R$ 24 milhões de reais, e não de R$ 8 milhões, que é custo total do serviço segundo a Prefeitura”, informou o vereador.
O estudo produzido pela MATRA sobre a evolução das alíquotas do IPTU na cidade também foi comentado e serviu de base para o pronunciamento dos vereadores Wilson Damasceno e Mário Coraíni, ambos contrários ao aumento do IPTU e à recriação da taxa de coleta de lixo.
“A Prefeitura não pode alegar que não realizou aumento do imposto de 2005 a 2009. Ela pode não ter atualizado a base de cálculo, o valor venal, mas em 2006 e 2008 as alíquotas do IPTU subiram, saindo de 1,15% em 2005 para 1,85% em 2008. Com isso, houve sim aumento percentual do imposto”, explicou Mário Coraíni.
Dizendo que ainda não tem opinião formada pelo assunto, o líder do governo na Casa, vereador Herval Seabra, declarou que é preciso analisar os dois lados do assunto. “A população não pode ser prejudicada, pagando entre taxa e impostos valores que prejudiquem seu orçamento. Mas é preciso ver também as necessidades da administração, para que ela mantenha os serviços públicos. Devemos avaliar o que vai ser melhor para Marília”, disse Seabra.
A MATRA, diversos sindicatos, associações de moradores e os movimentos sociais de Marília continuam lutando contra mais esse aumento de imposto na cidade. Convidamos a todos para conversar com seu vereador e buscar saber sua posição diante desses projetos.
“Quem cala, consente. Se você não concorda com o aumento e a taxa, procure os vereadores, sem pedras nas mãos, para dizer a eles que postura espera deles diante desses projetos”, orienta Wilson Damasceno.