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Microcamp é acusada de usar ONG em golpe

14 de abril de 2010 - 00:00

O presidente da organização não-governamental (ONG) Educa São Paulo, Devanir Amâncio, está protocolando nesta quarta (14) na Câmara Municipal de São Paulo um pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a venda de cursos da rede Microcamp. Funcionários da escola estariam usando o nome da ONG para oferecer falsas bolsas em cursos de computação e de idiomas da rede. As "bolsas", no entanto, são parciais – o interessado tem de desembolsar R$ 300, em média.

Nesta semana a empresa foi convodada pelo Ministério Público Federal em Marília para uma audiência pública, com objetivo de resolver uma série de denúncias contra a Microcamp que surgiram durante as edições do Mutirão da Cidadania, promovido pelo MPF em parceria com a MATRA. O Procurador da República, Jefferson Aparecido Dias, espera que–após a audiência–a empresa pare de usar de artifícios até ilegais para conseguir mais alunos. Cerca de 30 consumidores lesados participaram do encontro na sede dos Bombeiros. Entre as queixas mais comuns estavam as ligações incessantes dos vendedores e as promoções anunciadas. Representantes da Microcamp,inclusive o proprietário, (foto à direita–sem paletó–ouvindo as explicações do dr. Jefferson), do Procon e da Defensoria Pública estiveram na reunião.

 

A empresa informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não autorizou nenhuma de suas unidades a usar o nome da Educa São Paulo e não tinha conhecimento do problema. A Microcamp também prometeu apurar a denúncia. Na internet, um site comercial com o nome Educa São Paulo fornece o endereço de uma unidade da Microcamp em Campinas. Amâncio tomou conhecimento do uso do nome de sua ONG no fim do ano passado, quando a advogada Patrícia Araújo o procurou. "Outras pessoas já haviam me ligado, falando sobre cursos, mas eu não entendia o que estava acontecendo", conta.

O trabalho principal da Educa São Paulo, fundada em 1988, é a criação de bibliotecas comunitárias para populações carentes. "É um desrespeito com a nossa entidade e também com a população. A empresa tenta esconder sua identidade", diz Amâncio, que pretende encaminhar denúncia para o Ministério Público Federal (MPF). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: O Estado de SP + redação


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