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Ministério de relações exteriores ainda não presta contas total no Brasil

25 de outubro de 2010 - 00:00

Em março de 2006, o Tribunal de Contas da União (TCU) deu ao Itamaraty um prazo de seis meses para que fosse disponibilizada a movimentação financeira de todas as embaixadas, consulados e representações brasileiras no exterior. Transcorrido quatro anos do fim do prazo, apenas as seis embaixadas e dez consulados disponibilizaram suas contas para serem acompanhadas. Segundo registros do tribunal, desde 1995 o Itamaraty é intimado a expor com mais transparência suas contas.

Juntos, todos esses órgãos de relações internacionais gastaram R$ 75,2 milhões este ano. Somados ao montante registrado em nome do escritório financeiro do ministério de relações exteriores (MRE) em Nova Iorque (EUA), que correspondem a mais de 59% das despesas totais e de onde saem os recursos para os demais postos, o valor chega a R$ 990,5 milhões.

O MRE afirma que existem algumas limitações técnicas que impedem a integração mais rápida dos postos do do Itamaraty ao sistema de administração financeira do governo federal, como a falta de agências do Banco do Brasil no exterior, as diferenças de fuso, já que o sistema do governo federal opera das 7h às 23h, e a precariedade do acesso à internet em vários países, o que impede o funcionamento online do sistema. Essas mesmas alegações foram dadas ao TCU em 1999, e todas elas foram contrariadas pelos técnicos do tribunal na época.

Atualmente o Brasil tem 137 embaixadas espalhadas por todo o mundo, 71 consulados, três escritórios e participa de 12 missões internacionais. Dentre os serviços ditos de “relações diplomáticas” estão à manutenção dos postos no exterior, movimentação de pessoal, atendimento consular, demarcação de fronteiras, cerimonial, missões do presidente da República ao exterior e eventos internacionais no Brasil.

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