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Ministro da CGU quer "apresentar corruptos à cadeia"

05 de janeiro de 2011 - 00:00

Durante uma reunião, realizada semana passada, com a presidenta Dilma Rousseff, na qual foi convidado para permanecer no cargo, o ministro da CGU (Controladoria-Geral da União) Jorge Hage, listou à presidenta uma série de projetos de lei parados no Congresso, que se referem à lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito, Lei de Acesso à Informação e conflito de interesses, que precisam ser aprovados para permitir ação mais efetiva no combate à corrupção.

Hage defendeu, também, a revisão do Código de Processo Penal e o fim da possibilidade de protelação de condenações com recursos ao STF (Supremo Tribunal Federal) e STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Para o ministro, é impossível erradicar esse mal do país sem uma ação conjunta dos três Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.
 
Hage disse, em entrevista ao jornal Valor, acreditar que o país avançou muito nos últimos anos em ações policiais integradas e investigações, mas ainda anda devagar quando o assunto é a condenação dos réus. Para ele, o que falta ao Brasil é apresentar os corruptos à cadeia.

O ministro afirmou que apoia mudanças na forma de financiamento das campanhas políticas, que, para ele, seria mais um mecanismo de combate à corrupção. Para Hage, o ideal seria o financiamento público exclusivo, mas, sabendo da dificuldade de se efetivar isso, o ministro acredita que pelo menos o nome das empresas doadoras deveriam ser explicitado já durante a campanha eleitoral, não apenas após o término das eleições.

Pela atual legislação eleitoral, os candidatos são obrigados a prestar, durante a campanha, contas das doações recebidas, sem especificar o nome dos doadores. Para o ministro da CGU, é preciso radicalizar na transparência dos financiadores.

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