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Ministro da Justiça reafirma que provas de operação da PF são lícitas

13 de junho de 2012 - 15:44

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, reafirmou nesta quarta-feira (13) que as provas coletadas pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo são lícitas.

"Para o Ministério da Justiça as provas são legalmente coletadas e indispensáveis para que possamos punir pessoas que agem contrariamente à lei, à probidade e ao nosso próprio Estado", declarou.

O ministro afirma, no entanto, que a questão será decidida pela Justiça. "Quem dá a palavra final é o Poder Judiciário. O que o Poder Judiciário decidir nós, obviamente, teremos que aceitar, embora tenhamos a avaliação de que as provas foram coletadas legalmente", afirmou Cardozo.

Ontem, o desembargador Tourinho Neto, do TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região, abriu caminho para a anulação das gravações telefônicas da Operação Monte Carlo e a soltura do principal alvo da ação policial, Carlinhos Cachoeira.

Relator do habeas corpus, ele acatou o pedido da defesa, capitaneada pelo ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, e votou pela anulação das escutas. Tourinho Neto entendeu que os argumentos do juiz da primeira instância para autorizar os grampos telefônicos foram insuficientes.

Para Cardozo, a questão é polêmica. "Juristas têm uma percepção, outros juristas têm outras. A posição do Ministério da Justiça é a de que essas provas foram legalmente coletadas. A Polícia Federal seguiu decisões judiciais, que tinham fundamento na nossa legislação."

Segundo o ministro, a PF fez diligências anteriores ao pedido de quebra dos sigilos telefônicos dos investigados. Ele disse que, se as provas foram anuladas, haverá chance de impunidade.

"Ao se anularem essas provas teremos a perda muito grande de um conjunto probatório, que ao meu ver é fato, para que possamos até iniciar processo de punição em relação aos envolvidos. Por acreditar que as provas foram legalmente aproveitadas, eu lamentaria imensamente que as provas não pudessem ser aproveitadas."

Fonte: Folha de São Paulo – 13/06/2012

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