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Mobilização cobra mudanças nas políticas públicas para município

14 de abril de 2010 - 00:00

Integrantes do Conselho Municipal de Entorpecentes (Comem) estiveram reunidos na Secretaria da Saúde para dar início a elaboração de carta solicitando mudanças nas políticas públicas sobre as drogas e abaixo-assinado que será entregue em associações de bairros, comunidades católicas e evangélicas. Objetivo é conseguir assinaturas para entregar no Congresso Nacional e pressionar as autoridades públicas a buscarem alternativas para o tratamento de menores viciados em drogas.

“O documento que deve ficar pronto hoje solicita a reinclusão da internação involuntária na lei 11.343/06 e a criação de hospitais públicos especializados no tratamento de adolescentes e jovens dependentes. Assim, garantimos a integridade física do dependente e da família. Há mais de 30 anos que não há investimento na instalação desses locais”, ressalta o vereador e diretor de prevenção e educação do Comem, Wilson Alves Damasceno.

Com a alteração na lei os dependentes passaram a ser tratados em hospitais psiquiátricos e investiu-se no atendimento ambulatorial, que, segundo ele, não deu o resultado esperado. Além da falta de vagas para tratamento dos dependentes e a insuficiência das clínicas especializadas, famílias têm que lidar com todo o processo burocrático para conseguir a internação, que muitas vezes o viciado não aceita. “Há casos que a necessidade de internação é urgente e não há tempo para perder com todo o processo jurídico. A situação dessas famílias é desesperadora e hoje a burocracia atrapalha o início imediato do tratamento. Com o parecer psicopatológico do psiquiatra e a existência de vagas, o dependente em situação de risco pode ser internado e depois o Ministério Público faz o acompanhamento do caso. É preciso desburocratizar para salvarmos mais vidas”.

Além desse assunto, integrantes do Conselho discutiram a realização de um fórum no mês de setembro para mobilizar os conselhos da região e pressionar o Estado e os municípios a criarem hospitais públicos para o tratamento de menores viciados. Além disso, foi formalizada a permanência de Ana Maria Crepaldi Lopes na presidência do Comem por mais dois anos.
 

Fonte: Jornal Correio Mariliense

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