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Movimento "$uper$alário Não" faz protesto na primeira sessão da Câmara de Maringá

01 de fevereiro de 2012 - 15:42

A Câmara de Vereadores de Maringá retoma as atividades nesta quinta-feira (2) e, logo de cara, encara um protesto em seu plenário. O Movimento $uper$alário Não, organizado através de redes sociais na internet, promete movimentar a sessão fazendo manifestações com cartazes e faixas. Eles exigem a revogação do aumento dos salários dos vereadores, prefeito, vice e secretários, aprovados em 2011, mas que começam a valer somente em 2013.

Segundo um dos participantes do grupo, Edson Leonardo Pilatti, a decisão aconteceu após uma reunião na noite desta terça-feira (31), no bloco 125 da UEM. "Reunimos cerca de 16 lideranças para decidir como faríamos os protestos", conta.

Conforme Pilatti, entidades e organizações da cidade serão mobilizadas para o protesto. Também haverá distribuição de panfletos no terminal de ônibus urbano convocando a população para participar da manifestação.

"Nossa intenção é fazer um protesto silencioso, sem ferir o Regimento Interno da Câmara, mas mostrando aos vereadores que a vontade de grande parte da sociedade maringaense não foi ouvida", diz Pilatti.

Aumento vinculado

Em 2011 os vereadores aprovaram o aumento dos próprios salários, com vencimentos na ordem de R$ 12 mil (hoje são R$ 6.300). Secretários municipais e o vice-prefeito, que recebem R$ 8.352, receberão, em 2013, R$ 12.025; o do prefeito subirá de R$ 17.337 para R$ 25 mil.

Conforme Pilatti, o protesto pedirá também que seja realizado um projeto de lei que vincule o aumento de prefeitos, secretários e vereadores ao do servidor municipal, que é cerca de 6% ao ano.

Um abaixo assinado, pedindo que projetos deste gênero não sejam colocado em votação em regime de urgência, como ocorreu ano passado, está sendo divulgado desde 2011. Segundo Pilatti, para ser colocado em votação, são necessárias 12.460 assinaturas. "Já conseguimos 4 mil. Agora vamos levá-lo às paróquias. Assim que atingirmos o número necessários vamos protocolá-lo junto à Câmara", afirma.

Vereadores querem rever salário

Matéria divulgada no dia 27 de janeiro deste ano no jornal O Diário revela que os vereadores pretendem rediscutir o aumento de subsídios. A pressão do eleitorado, grupos não-governamentais e redes sociais da internet, somada à proximidade das eleições tem surtido efeito. "Tem uma conversa nesse sentido", admite o presidente da Casa, Mário Hossokawa (PMDB), sem citar nomes.

Mesmo consciente da movimentação, Hossokawa mandou arquivar, este mês, a primeira proposta para retomar o assunto. O projeto foi assinado pelos vereadores Humberto Henrique (PT), Manoel Sobrinho (PCdoB), Mário Verri (PT) e Marly Martin (DEM). A decisão de arquivar a ideia foi amparada por um parecer jurídico da Câmara. "Na verdade, estava mais para um parecer político", critica Humberto Henrique.

Caso não haja acordo sobre a volta do tema à pauta, o petista promete entrar na Justiça, com pedido de mandado de segurança, para que o salário seja votado. "É uma providência que vamos tomar se não houver acordo", garante.

Fonte: O Diário – 01/02/2012

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