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MP denuncia vereadores por corrupção

01 de junho de 2010 - 00:00

Dez vereadores da Câmara Municipal de Belo Horizonte que exerceram mandato no período de 2004 a 2008 foram denunciados quinta-feira por improbidade administrativa, acusados de cobrar propina para aprovar o projeto de lei 1600/2008, que autorizava a construção do shopping Boulevard Arrudas, na Região Leste da capital mineira. Entre os denunciados estão os atuais vereadores, Hugo Thomé (PMN), Geraldo Félix (PMDB), Maria Lúcia Scarpelli (PCdoB), Reinaldo Lima (PV) e Alberto Rodrigues (PV), que se licenciou da função para exercer o cargo de secretário de estado de Esportes.

Também foram incluídos na denúncia os suplentes na atual legislatura Carlúcio Gonçalves (PR), Valdivino Pereira (PTC), Vinicius Dantas (PT), Valdir Vieira (PTN) e ainda o ex-vereador Sérgio Balbino (PRTB), que foi quem denunciou o esquema, revelado com exclusividade pelo Estado de Minas, em março do ano passado.

A extorsão foi confirmada pelo empresário responsável pelo empreendimento, Nelson Gouveia Rigotto, em depoimento ao Ministério Público, e também pelo vereador Reinaldo Lima. Rigotto disse que inicialmente os vereadores chegaram a pedir R$ 2 milhões para a aprovação do projeto e que durante as negociações o valor caiu pela metade, mas acabou ficando em R$ 320 mil, que seriam pagos em duas parcelas de R$ 160 mil. A primeira antes da aprovação do projeto e o restante depois.

No dia da votação em primeiro turno do projeto, em 13 de maio do ano passado, o empresário sacou em espécie de sua conta o valor da primeira parte, conforme revelou a denúncia do Ministério Público, ajuizada na 13ª Vara da Fazenda Pública de Belo Horizonte. As negociações em torno da propina, segundo o empresário, foram feitas por Thomé, Carlúcio Conçalves e Balbino.

“Os três vereadores disseram que, para não impedirem a votação, a empresa teria que arrumar 2 milhões de reais para o grupo; que os mesmos diziam que sabiam do valor do empreendimento e da condição financeira das empresas”, contou o empresário ao Ministério Público. Balbino chegou a receber parte da primeira parcela, mas depois procurou o empresário para devolver o dinheiro.
 

Fonte: Amarribo

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