MPE também investigará denúncias feitas por médicos da saúde da família em Marília
As denúncias feitas por médicos que atendem nas 31 unidades de saúde da família na última sessão da Câmara Municipal de Marília continuam a repercutir. Ontem, o MPE (Ministério Público Estadual) decidiu abrir um inquérito para apurar s problemas relatados na saúde.
O MPE vai investigar quais as condições de trabalho, equipamentos, equipe de funcionários e todos os aspectos ligados a essas denúncias das unidades de saúde da família. Para o órgão, as falhas de gestão e a precariedade no atendimento à população configuram desrespeito ao Código de Defesa do Consumidor.
O Cremesp (Conselho Regional de Medicina da Estado de São Paulo) também está investiga o caso. Esta semana, abriu uma sindicância para apurar as denúncias. O Conselho pretende ouvir todos os 37 médicos que atuam nas unidades de atendimento, além do secretário da Saúde, Júlio Zorzeto e o prefeito Mário Bulgareli.
Entenda o caso
Na última sessão da Câmara, um grupo de 30 médicos fez um protesto por melhorias na categoria.
Os principais pedidos são melhoria na remuneração, passando dos atuais R$ 7,9 mil para o piso da categoria de R$ 15,1 mil, melhorias das condições de trabalho, funcionamento adequado das unidades de pronto-atendimento e mais segurança nos postos que fazem fronteira com regiões dominadas pelo tráfico. A categoria ameaça entrar em greve caso a Prefeitura não atenda suas reivindicações.
O MPF (Ministério Público Federal) já abriu um inquérito civil para tentar identificar quem está por trás das falhas no gerenciamento da saúde na cidade. As denúncias chegaram até o procurador Jefferson Aparecido Dias por um dossiê feito pelos médicos. O MPF escalou um funcionário para percorrer os postos para confirmar se há a estrutura mínima para o atendimento à população.
Uma reunião com o prefeito Mário Bulgareli deve ocorrer no dia 4 novembro.