MPF acusa chefe da Secretaria de Políticas sobre Drogas de improbidade administrativa
Paulina Duarte, que responde pela chefia da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), é acusada de improbidade administrativa pelo Ministério Público Federal. A acusação se sustenta na suspeita de ter havido por parte da chefe do Senad beneficiamento uma amiga contratada sem licitação para prestar serviços de quase R$ 88 mil, conforme matéria publicada hoje no Jornal O Globo.
De acordo com a denúncia, Paulina teria influenciado na contratação da professora Beatriz Carlini Marllat, sua era sua orientadora no curso de mestrado, para produzir uma cartilha sobre o consumo de álcool entre os jovens em 2003. Paulina então ocupava o cargo de diretora de Prevenção e Tratamento na Senad. O contrato foi firmado sem licitação com a Fundação de Estudos e Pesquisas Sócio-Econômicas, que contratou Beatriz.
"A orientadora de Paulina Duarte não possui vínculo com a fundação. Tal fato por si só configura grave irregularidade. Há fortes indícios de direcionamento pro parte de Paulina", diz a ação do Ministério Público.
À imprensa, Paulina se recusou a comentar a acusação, enquanto o Ministério da Justiça não vai se pronunciar porque a Justiça Federal ainda não decidiu se aceitará a denúncia.
Além acusação de improbidade, os procuradores afirmam ainda que a cartilha não cumpriu sua finalidade, por trazer informações incorretas sobre o combate ao uso de drogas e álcool entre os jovens.
