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MPF encontra 14 irregularidades no uso de verba do Samu em Marília

06 de junho de 2013 - 11:57

Uma investigação do Ministério Público Federal encontrou catorze irregularidades envolvendo o uso de verba repassada pelo Ministério da Saúde ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em Marília (SP). Duas delas envolvem a manutenção das ambulâncias. Uma auditoria realizada revelou um rombo de R$ 18 mil nos cofres públicos da cidade.

De acordo com a apuração, toda vez que o veículo deixava o estacionamento para a oficina mecânica, o serviço de manutenção custava o dobro do valor oferecido em outras oficinas. Além disso, a prefeitura teria pago por duas vezes pelo mesmo serviço.

A qualidade da manutenção das viaturas foi o que levou a abertura das investigações. Depois de um acidente com uma delas, a Procuradoria da República em Marília, pediu uma auditoria ao departamento nacional que fiscaliza o uso de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS). A procuradoria queria saber em detalhes como o dinheiro da saúde estava sendo aplicado na cidade.

Fiscais do Denasus descobriram várias irregularidades. Entre elas, pagamentos feitos pela Secretaria de Saúde para oficinas mecânicas em duplicidade. Ou seja, a prefeitura pagava duas vezes pelo mesmo serviço. “Estamos investigando esses pagamentos em duplicidade e os prejuízos que foram gerados ao Samu. Nessas análises já foram notificados os responsáveis: ex-prefeitos e os servidores que atuavam no Samu”, informa o procurador da República, Jefferson Aparecido Dias.

Os fiscais do Ministério da Saúde também descobriram que o dinheiro repassado pela União à prefeitura teria sido usado para pagar a manutenção de veículos que não pertencem a frota do Samu. Por ano, o SUS repassa para a cidade R$ 858 mil para custear o serviço do Samu.

Para o procurador, quem assumiu o Executivo neste ano tem o dever de prestar contas e devolver o dinheiro. A Secretaria de Saúde de Marília fez uma auditoria e teria encontrado irregularidades no uso de recursos do SUS. “Por causa da escassez de recursos no sistema público de saúde, ao invés de fazer a devolução dos recursos ao Ministério da Saúde, a opção é solicitar o ajustamento sanitário para reinvestirmos na mesma área”, avisa o secretário de Saúde de Marília, Márcio Travaglini.

Por telefone, o ex-secretário de Saúde de Marília, Júlio Zorzeto, afirma que já deu todas as respostas aos apontamentos feitos pela auditoria do Denasus e que a investigação está correndo entre o Ministério Público e a prefeitura.

Já os ex-prefeitos citados na ação de investigação do Ministério Público Federal são: Mário Bulgarelli e José Ticiano Dias Tóffoli. Os dois não tinham sido localizados até a publicação da matéria para comentar o caso.

Fonte: G1

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