MPF investiga riscos provocados por substância utilizada em mamadeiras
O MPF (Ministério Público Federal), pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, instaurou um inquérito civil público para apurar os eventuais efeitos nocivos à saúde gerados por uma substância utilizada na produção de garrafas plásticas, mamadeiras e outros produtos do mesmo material. O inquérito vai investigar os riscos à que as pessoas se expõem quando em contato com a substância “Bisfenol A”, suspeita de causar doenças e já proibida em outros países. Da mesma forma, o procedimento deve verificar a forma de regulamentação de seu uso pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
De acordo com informações do MPF, na portaria em que foi publicada a instauração do inquérito, o procurador regional dos direitos do cidadão, Jefferson Aparecido Dias, determinou que seja solicitado à Anvisa informações sobre a regulamentação da utilização da referida substância, além de eventuais estudos existentes sobre seus aspectos nocivos.
A preocupação sobre os riscos que o Bisfenol pode causar à saúde e à vida se sustenta em recentes pesquisas divulgadas por uma universidade norte-americana. A substância já foi proibida em outros países, como Canadá, Dinamarca e Costa Rica, e em alguns Estados norte-americanos.
Para muitos cientistas, segundo o MPF, a substância seria causadora de algumas doenças, como o câncer de mama, os distúrbios cardíacos, a obesidade e a hiperatividade. Mas a atenção é especial com as grávidas e as crianças pequenas, pois a substância pode prejudicar as funções endócrinas e alterar o funcionamento do hormônio feminino estrogênio.
Fonte: Última Instância
