Mulher de presidente do TCU é nomeada para cargo no PR, mas desiste de assumir
Segundo reportagem publicada na terça-feira no jornal O Estado de São Paulo, ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) classificaram a nomeação da mulher do presidente do TCU para um cargo no Congresso de nepotismo.
Anteontem, ao ser procurado pelo jornal, Zymler telefonou para a mulher e os dois combinaram que ela não tomaria posse. A liderança do PR no Senado, onde Lenir deveria assumir o cargo, não havia sido informada no fim da tarde da desistência.
Zymler informou ao Estadão que a mulher pediria a anulação do ato que a nomeou e disse que a desistência do cargo ocorreria apesar de não haver, segundo análise do TCU, nenhum obstáculo do ponto de vista legal à nomeação.
Irregularidades
O mais recente relatório do Sistema de Fiscalização de Obras Públicas do TCU (Fiscobras) aponta o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), vinculado ao Ministério dos Transportes, como o recordista em número de obras com irregularidades graves.
O Ministério dos Transportes é comandado pelo presidente licenciado do PR, Alfredo Nascimento, que é também senador licenciado do partido. A nomeação de Lenir foi para o gabinete da liderança do PR no Senado. Nascimento recusou-se a falar com o Estadão sobre a nomeação ou sobre suposto conflito de interesses.
(VM, com informação do jornal O Estado de São Paulo)