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Nelsinho Grancieri é despedido da Prefeitura; solicitação da Matra gerou sindicância

05 de fevereiro de 2013 - 13:46

O ex-Chefe de Gabinete e ex-Secretário da Fazenda da administração de Mário Bulgareli, Nelson Virgílio Grancieri, conhecido como Nelsinho, foi demitido da Prefeitura Municipal. Segundo a publicação do Diário Oficial de hoje (05), a perda do cargo público se deveu à conclusão de dois inquéritos administrativos.

Por meio da portaria nº 27.398, de 11 de outubro de 2012, foi instaurado processo administrativo contra Nelsinho, em decorrência de a sindicância proposta no dia 4 de junho ter apontado que o ex-servidor cobrava 10% de uma empresa de terraplanagem para efetuar o pagamento das parcelas referentes aos contratos com a Prefeitura entre dezembro de 2009 e junho de 2010.

Outro processo administrativo também foi instaurado no dia 10 de agosto, após a sindicância aberta em 18 de maio ter apontado irregularidades em notas fiscais e de empenhos de consertos de veículos da frota municipal.

Com a solicitação da Matra, sindicância é instaurada

Em outubro de 2011, a entidade enviou documento ao então prefeito Mário Bulgareli solicitando as investigações das irregularidades comentidas por Nelsinho e seu cúmplice, André Belizário Jacinto, e a instauração de um processo. Porém, Bulgareli respondeu afirmando que iria aguardar o trâmite do processo movido pelo Ministério Público, o qual solicitava o afastamento de Nelsinho.

Já em março de 2012, a Matra reiterou o pedido ao ex-prefeito Ticiano Tóffoli. Em resposta, que chegou à entidade apenas em 20 de junho, Tóffoli afirmou que autorizou a instauração de sindicância no dia 4 de junho.

Irregularidades cometidas por Nelsinho

O Ministério Público imputa a Nelsinho a prática do ato de corrupção, que, com o auxílio de André Belizário Jacinto, exigiu dos representantes da empresa CJWD Construções e Terraplanagem Ltda quantias em dinheiro para pagar contas pessoais, tais como as faturas dos cartões de crédito Ourocard Visa Gold no valor de R$ 4.012,01, MasterCard Fininvest no valor de R$ 1.244,98 e um boleto da Casa Sol Materiais de Construção no valor de R$ 865,00 que estavam em nome de sua esposa.

O réu teria articulado uma série de mecanismos irregulares com o objetivo de lesar o erário público, desviando expressivas somas de dinheiro. As fraudes vão desde a emissão de empenhos fictícios com o objetivo de desviar dinheiro público, até a burla à Lei de Licitações para fugir da abertura da competitividade, passando, ainda, por expedientes utilizados na lavagem de dinheiro.

Ele ainda havia exigido dinheiro de empresários que mantinham contratos com a Prefeitura de Marília, sob ameaça de não mais lhes liberar os pagamentos devidos e, levados ao conhecimento do Ministério Público, passando a coagir as vítimas e testemunhas e prometer-lhes dinheiro e novos contratos para retirarem as comprometedoras afirmações.

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