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Nelsinho pede indenização trabalhista à Prefeitura

18 de março de 2013 - 11:34

O ex-Chefe de Gabinete e ex-Secretário da Fazenda, Nelson Virgílio Grancieri, entrou uma ação pedindo indenização trabalhista à Prefeitura Municipal. Investigado por uma porção de irregularidades, ele foi demitido da Administração no mês passado. O Juiz da Vara da Fazenda Pública, Silas Silva Santos, analisará o pedido.

No final de fevereiro, Nelsinho já havia impetrado um mandado de segurança para ser reintegrado ao quadro de funcionários da Prefeitura. Concursado como auxiliar de escrita, desenvolveu outras funções na Administração. Após processos administrativos, estava trabalhando no SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Saúde).

Porém, no dia 5 de fevereiro foi exonerado da Prefeitura. Segundo a publicação do Diário Oficial, a perda do cargo público se deveu à conclusão de dois inquéritos administrativos.

Por meio da portaria nº 27.398, de 11 de outubro de 2012, foi instaurado processo administrativo contra Nelsinho, em decorrência de a sindicância proposta no dia 4 de junho ter apontado que o ex-servidor cobrava 10% de uma empresa de terraplanagem para efetuar o pagamento das parcelas referentes aos contratos com a Prefeitura entre dezembro de 2009 e junho de 2010.

Outro processo administrativo também foi instaurado no dia 10 de agosto, após a sindicância aberta em 18 de maio ter apontado irregularidades em notas fiscais e de empenhos de consertos de veículos da frota municipal.

Agora, Nelsinho tenta a todo custo voltar a trabalhar na Prefeitura. Vale lembrar as diversas práticas ilegais que acarretaram em severos danos ao erário público.

Irregularidades cometidas por Nelsinho

O Ministério Público imputa a Nelsinho a prática do ato de corrupção, que, com o auxílio de André Belizário Jacinto, exigiu dos representantes da empresa CJWD Construções e Terraplanagem Ltda quantias em dinheiro para pagar contas pessoais, tais como as faturas dos cartões de crédito Ourocard Visa Gold no valor de R$ 4.012,01, MasterCard Fininvest no valor de R$ 1.244,98 e um boleto da Casa Sol Materiais de Construção no valor de R$ 865,00 que estavam em nome de sua esposa.

O réu teria articulado uma série de mecanismos irregulares com o objetivo de lesar o erário público, desviando expressivas somas de dinheiro. As fraudes vão desde a emissão de empenhos fictícios com o objetivo de desviar dinheiro público, até a burla à Lei de Licitações para fugir da abertura da competitividade, passando, ainda, por expedientes utilizados na lavagem de dinheiro.

Ele ainda havia exigido dinheiro de empresários que mantinham contratos com a Prefeitura de Marília, sob ameaça de não mais lhes liberar os pagamentos devidos e, levados ao conhecimento do Ministério Público, passando a coagir as vítimas e testemunhas e prometer-lhes dinheiro e novos contratos para retirarem as comprometedoras afirmações.

 

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