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No Sudeste, campeões são Chiarelli e Camarinha

15 de junho de 2010 - 00:00

Com dez processos cada, os dois deputados de São Paulo lideram a lista dos parlamentares com maior número de ações na região. Proporcionalmente, estado com mais processados é Minas Gerais.

 

Câmara
Com dez processos cada um, Abelardo Camarinha e Fernando Chiarelli são os campeões de ações no STF na região Sudeste

Lúcio Lambranho, Edson Sardinha e Thomaz Pires

Minas Gerais tem o maior número proporcional de parlamentares processados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) entre as bancadas dos estados da região Sudeste no Congresso. São ao todo 16 deputados e senadores sob investigação dos ministros do STF, entre os 56 representantes mineiros, 28,57%.

Dono da maior bancada do Congresso, com 73 congressistas, São Paulo tem, em números absolutos, também o maior número de parlamentares processados.  O estado mais populoso do Brasil tem 20 parlamentares processados ao todo, mas o seu percentual em relação ao tamanho de sua bancada, 27,39%, é menor que o de Minas Gerais. Abaixo dos dois estados, Rio de Janeiro tem nove parlamentares processados entre os seus 49 representantes, 18,36%, e o Espírito Santo, com apenas dois investigados contra 13 parlamentares, tem 15,38%.

 

Quem são os parlamentares processados do Sudeste

O que dizem os parlamentares do Sudeste em sua defesa

Os parlamentares dos três estados do Sudeste somam 120 processos, sendo 27 ações penais e 93 inquéritos. São ao todo 16 parlamentares réus de ações penais, sendo que a maior parte deles, 10, estão concentrados em São Paulo. O estado também tem Abelardo Camarinha (PSB-SP) e Fernando Chiarelli (PDT-SP) com dez investigações em curso no STF cada um, como os dois parlamentares com maior número de processos no STF na região.

Chiarelli é campeão de novos processos durante a tramitação do projeto ficha limpa e de casos de crimes contra a honra. O STF recebeu neste período sete inquéritos contra o deputado, sendo que seis deles são por crimes como calúnia, injúria e difamação. O sétimo inquérito do deputado, que assumiu o cargo em abril de 2009 com a morte do titular João Herrmann, é por crime eleitoral.

Outros três inquéritos antes da tramitação do ficha limpa, também por crimes contra a honra, foram autuados contra o deputado do PDT paulista. Conhecido por suas declarações polêmicas, em um dos episódios mais recentes, o parlamentar chamou o ministro da agricultura, Wagner Rossi, de "bandido" no plenário da Câmara enquanto Rossi tomava posse em solenidade com o presidente Lula no Palácio do Itamaraty.

Já Abelardo Camarinha (PSB-SP), apesar dos dez processos, acredita que a maioria deles são "naturais em campanha". “Tenho nove inquéritos promovidos por meus adversários, e que estão todos sendo arquivados, nenhum virou processo. E quatro ações, duas de discussões políticas, naturais em campanha, troca de acusações. Em 14 anos como prefeito de minha cidade [Marília], nenhuma condenação”, diz o deputado, em mensagem enviada ao site.

Mas apesar das declarações, Camarinha responde a seis crimes que não têm relação com "ações políticas" ou contra a honra de adversários. Ele responde por crime eleitoral, contra a ordem tributária e a lei de licitações, incêndio e formação de quadrilha e crime de responsabilidade.

Leia reportagem completa no site Congresso em Foco

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