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Nova ação apura fraude em licitações

12 de maio de 2010 - 00:00

O Ministério Público entrou na Justiça de Bariri, região de Bauru, com nova ação civil pública contra envolvidos num suposto esquema de desvio de medicamentos que deu desfalque de R$ 176,9 mil aos cofres públicos municipais. Na lista dos envolvidos constam o atual prefeito Benedito Senafonde Mazotti (PSDB) e o ex-diretor de Saúde Claudocir Macoorin. Também são acusados João Alberto Rodrigues Neto, Sandra Cristina Muzardo, Michele Daniela dos Santos, Paulo Fernando de Camargo e Ivana Clementina Bizutti.

Mazotti já chegou a ficar afastado do cargo devido a ação civil pública que apurou desvio de medicamento durante o período eleitoral de 2008, cuja ação envolve o presidente da Câmara, Clóvis Bueno, o ex-diretor de Saúde e Rosa Maria Canal. Na ação ajuizada nesta semana, os promotores de Justiça Luciano Gomes de Queiroz Coutinho, Rafael Abujamra e Jerônymo Crepaldi Júnior descobriram que houve também fraudes nas licitações.

Maccorin e a chefe da Soma-1, Sandra Cristina Muzardo, são acusados de assinarem comprovantes de entrega de medicamentos relacionados em notas fraudulentas, apesar de o remédios nunca terem chegado às prateleiras do setor de Saúde, conforme a ação civil pública. Os documentos foram localizados pelo MP na farmácia de Ivana Clementina Bizutti. O diretor financeiro da prefeitura, João Alberto Rodrigues Neto, é acusado de assinar as ordens de pagamentos, mesmo tendo em mãos procedimentos irregulares, sem requisições iniciais dos medicamentos, sem pré-empenhos e nem os comprovantes de entregas dos remédios, segundo o MP.

Os promotores pedem na ação civil novo afastamento liminar do prefeito, de Claudocir Maccorin, do diretor de Finanças, João Alberto Rodrigues Neto, da agente administrativa e chefe de unidade Sandra Cristina Muzardo e da chefe do setor de Suprimentos, Michele Daniela dos Santos. A medida ainda será analisada pela Justiça.

Para a promotoria, o afastamento deles é para evitar perseguição a testemunhas. Em outra ação civil, Maísa Luci Durante foi exonerada do cargo em comissão que ocupou por muitos anos por relatar os fatos ilícitos cometidos na prefeitura.

O prefeito Benedito Senafonde informou por intermédio de sua assessoria de imprensa que não tinha sido notificado da ação até ontem à tarde por isso preferia não se pronunciar. Os outros acusados não foram localizados pela reportagem até o fechamento desta edição. Na ação é pedida a quebra do sigilo bancário de dois dos envolvidos.

Fonte: Jornal da Cidade/Bauru

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