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Novo presidente da Conamp critica tentativas de diminuir o poder do MP

04 de maio de 2010 - 00:00

O novo presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), César Mattar Jr., criticou as tentativas do Congresso Nacional de diminuir os poderes do MP e o impedimento da candidatura de promotores ao cargo de Procurador-Geral de Justiça, em sete estados do país. Ao defender o combate efetivo aos ataques sofridos por promotores e procuradores em todo o país, o presidente da Conamp disse que a ofensiva se deve à firme atuação do Ministério Público na defesa do cumprimento das leis em favor da sociedade. "Tais assaques não partem de poderes ou de instituições, mas de parcelas deles, privilegiadas pela improbidade administrativa e que insistem em caminhar na contracorrente da história, preferindo permanecer surdas ao clamor das ruas e cegas às mazelas ocasionadas."

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que participou da cerimôniam afirmou que mesmo com as iniciativas de intimidação ao MP, a atuação de promotores e procuradores deve ser mantida. "O Ministério Público não se intimida e nem se intimidará jamais!"

Duras críticas de César Mattar também se dirigiram às tentativas, no Congresso Nacional, de diminuição dos poderes do MP. Entre os projetos em tramitação está o 267/2007, de autoria do deputado Paulo Maluf (PP-SP), que prevê a criminalização e punição de membros do Ministério Público que agirem com má-fé, intenção de promoção pessoal ou visando perseguição política. "Não se pode aceitar que, casuisticamente, este ou aquele parlamentar que se veja afligido pela atuação constitucional do Ministério Público, pretenda estabelecer regras punitivas de exceção, ao arrepio e em afronta aos mecanismos de controle por ele próprio consignados na Lex Mater, enquanto integrante do Legislativo."

Na opinião do ex-presidente da Conamp, José Carlos Cosenzo, que passou o cargo a César, as propostas legislativas contrárias ao MP prejudicam principalmente a sociedade. "Somente a resistência teratológica de pessoas com aversão a liberdades históricas explica o assombroso número superior a mil proposições contrárias ao interesse institucional, que, antes de nos prejudicar, exterminam os sonhos de um povo sofrido", alertou Cosenzo.

O presidente da Conamp criticou ainda o impedimento, em sete estados do país, da candidatura de promotores ao cargo de Procurador-Geral de Justiça. "Nos estados onde o acesso pleno está há tempos sedimentado, não se perquire sobre a instância de atuação deste ou daquele membro. Cumpridos os requisitos, estabelece-se quem tem méritos e força política, seja ele promotor ou procurador. Como defensores intransigentes do regime democrático e representativo, outra não deve ser a bandeira."

Fonte: ConJur

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