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Operação do MP contra corrupção prende 13 no interior de SP

10 de abril de 2013 - 10:25

Uma empreiteira que centralizou o maior montante de verbas oriundas de emendas parlamentares da Assembleia Legislativa é o principal foco da Operação Fratelli, realizada na manhã desta terça-feira, 9, pelo Ministério Público Estadual e Polícia Federal em 80 municípios da região Noroeste do Estado de São Paulo. A ação faz parte de uma séria de ações do Ministério Público realizada em 12 Estados para investigar denúncias de corrupção.

Até o início da tarde, agentes da PF prenderam quatro diretores da Demop, três deles são irmãos. Os agentes entraram na empresa e apreenderam documentos e computadores. Eles são acusados de manipular licitações para superfaturar obras, contando com ajuda de servidores e prefeitos.

No total, foram cumpridos 13 mandados de prisão. Entre os políticos presos, estão os ex-prefeitos de Urupês, Ubarana e Mendonça, três cidades da região de São José do Rio Preto. Pelo menos 20 prefeituras foram fechadas na manhã e os funcionários impedidos de entrar para trabalhar.

A Demop é acusada de usar empresas “parceiras” para fraudar licitações em obras de recapeamento e pavimentação em 80 prefeituras da região, cujos contratos superariam R$ 1 bilhão. Agentes da PF e 80 promotores estão atuando na operação, fazendo apreensões de documentos, computadores e arquivos que contenham informações de processos de licitação envolvendo a Demop ou empresas parceiras. Eles também estão visitando casas de empresários e de prefeitos e ex-prefeitos para cumprir mandados de prisão. A Prefeitura de Potirendaba amanheceu cercada por PMs e agentes da PF.

Estabelecida em Votuporanga, a Demop pertence ao grupo Samatti. Segundo o MP, desde 2007, a empresa vinha praticando as fraudes para vencer as concorrências públicas de obras na região. O deputado Gilmaci Santos (PRB) foi um dos que apresentou emendas que beneficiaram a Demop. No total, Santos destinou R$ 1,2 milhão para sete cidades da região, onde não teve nenhum voto em 2010.

Fonte: Estadão

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