Notícias

Busca

MATRA

Pesquisa revela insatisfação dos usuários com atendimento SUS

22 de junho de 2010 - 00:00

Pesquisa realizada pela Secretaria do Estado da Saúde com usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), e divulgada ontem, mostra que ainda há graves falhas no atendimento público. Além da tão conhecida espera para realização de exames, estudo revelou falha nos procedimentos de parto e falta de vacinas em pontos de atendimento. Em Marília, situação se mostra diferente, pelo menos quanto as duas últimas questões. Chamado de “Pesquisa de Satisfação dos Usuários do SUS-SP”, o relatório foi produzido com base em 350 mil respostas obtidas após o envio de cartas ou em telefonemas aos cidadãos atendidos em 2009 nas mais de 630 unidades que funcionam com recursos do SUS.

Segundo o levantamento, apenas 24,2% e 18,6% das grávidas que enfrentaram o trabalho de parto pelo SUS receberam anestesia raquidiana ou peridural ou local, procedimentos que aliviam a dor e que são considerados padrões pelo sistema. O relatório revelou ainda que 14% dessas mulheres tiveram seus filhos tomando apenas “banho morno”, recebendo massagem ou fazendo exercício. A pesquisa não especifica o tipo de parto, se natural ou cesárea. Ainda segundo o levantamento, 42,8% tomaram algum remédio para aliviar a dor durante o trabalho de parto. Na própria pesquisa, a secretaria diz que “é preciso que o SUS prossiga seu aperfeiçoamento com a revisão dos procedimentos internos, na busca de humanização do atendimento, quesito ainda bastante falho nos atendimentos ao parto”.
 
Segundo a assessoria de imprensa da Faculdade de Medicina de Marília (Famema), responsável pelo Hospital Materno Infantil, uma das instituições de saúde que realiza partos em Marília, “sempre que o médico verifica a necessidade de aplicar anestesia, isso é feito, sem que haja nenhum tipo de racionamento”. A assessoria informou ainda que o procedimento só não é realizado quando a paciente corre o risco de sofrer alguma reação adversa, e lembrou que o hospital já foi considerado referência em várias pesquisas realizadas no Estado na área. Já a diretoria da Maternidade Gota de Leite só vai se pronunciar sobre a pesquisa hoje. 
 
Entre os dados apresentados, também se destaca o fato de 33,2% dos pais relatarem que “sempre” ou “às vezes” faltam vacinas nas unidades públicas.  Segundo a secretaria, esta resposta foi surpreendente, uma vez que no período da pesquisa não há registro de falta ou redução no estoque de vacinas do sistema público. Uma possível interpretação é que as unidades restringem a aplicação de certas vacinas em alguns dias da semana (prática contrária às normas), causando interpretação equivocada dos usuários sobre a existência do insumo.
 
Em Marília, segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, existem dois pontos na cidade onde a procura por vacinas é maior, na unidade de saúde Cascata e no Alto Cafezal. “Quando faltam nessas unidades, fazemos o encaminhamento para a unidade mais próxima que tem disponível a vacina. Em Marília, não faltam vacinas. Fazemos readequação na rede para que nada aconteça de errado e temos estoque desses insumos”, informou a assessoria. Os dados completos da pesquisa estão disponíveis no site www.saude.sp.gov.br
 
Fonte: Correio Mariliense
 

Comentários

Mais vistos