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PF começa a ouvir envolvidos em denúncias de fraude em hospitais no RJ

21 de março de 2012 - 10:23

O delegado titular da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros e Desvio de Recursos Públicos, Victor Poubel, começa a ouvir hoje no Rio 17 pessoas de quatro empresas suspeitas de pagarem propina para ganhar contratos em licitações de hospitais públicos.

A Polícia Federal instaurou quatro inquéritos envolvendo as empresas Locanty Soluções (da área de coleta de lixo), Toesa Service (locadora de veículos), Bella Vista Refeições Industriais e Rufolo Serviços Técnicos e Construções. A tomada de depoimentos deve ir até sexta-feira (23).

As empresas investigadas foram citadas em reportagem do "Fantástico", da TV Globo, no último domingo (18), por oferecer propina para fraudar licitações de emergência do Hospital Clementino Fraga Filho, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Com a ajuda da direção do hospital, um repórter do programa se passou por gestor de compras da instituição durante dois meses e simulou uma chamada de licitações em regime emergencial. Nesse período, representantes das empresas sugeriram o pagamento de propina.

As empresas envolvidas negaram, por meio de nota, que paguem suborno para garantir vendas ou contratação de serviços em processos licitatórios.

CONTRATOS

O governo do Rio determinou na segunda-feira que sejam cancelados os contratos com as empresas Toesa Service, Locanty Soluções, Bella Vista Refeições Industriais e Rufolo Serviços Técnicos e Construções.

A partir da reportagem, o governador Sérgio Cabral (PMDB) enviou uma nota em que afirma que determinou a todos os secretários que verifiquem se existem contratos em execução com as empresas citadas. "Todos os eventuais contratos de órgãos do Estado com essas empresas serão cancelados", diz.

Cabral ainda afirma que a forma de continuidade dos serviços essenciais será decidida caso a caso.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB) também afirmou ontem que as empresas denunciadas podem ter fraudado licitações no município.

Fonte: Folha de S. Paulo – 21/03/2012

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