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PF encontra em sede de empreiteira manuscritos de doações a políticos

11 de dezembro de 2014 - 11:25

A Polícia Federal apreendeu, na sede da empreiteira Queiroz Galvão, um “grande volume de recibos oficiais de doações para partidos políticos diversos”. No relatório final do inquérito sobre suposto envolvimento da Queiroz Galvão no cartel de empreiteiras que, segundo a Operação Lava Jato, tomou conta de contratos bilionários da Petrobrás, a PF destacou “uma planilha de controle do ano de 2014 com o nome de alguns partidos e candidatos”.

A PF chama a atenção para uma anotação manuscrita “com, aparentemente, o nome de alguns candidatos e valores”.
O relatório é subscrito pela delegada da PF Erika Mialik Marena, que integra a força tarefa da Lava Jato.

A Queiroz Galvão foi citada pelo primeiro delator da Lava Jato, Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás. Ele afirmou que o ex-presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (morto em março de 2014) extorquiu R$ 10 milhões do esquema de corrupção na Petrobrás em troca do esvaziamento de uma Comissão Parlamentar de Inquérito que investigava, em 2009, irregularidades na estatal petrolífera.

Quando esse trecho da delação de Costa se tornou público, em outubro, o PSDB divulgou nota defendendo que o caso seja investigado. “O PSDB defende que todas as denúncias sejam investigadas com o mesmo rigor, independente da filiação partidária dos envolvidos e dos cargos que ocupam.”

A construtora Queiroz Galvão, na ocasião, negou propina e disse, via assessoria, que só repassa dinheiro a políticos por meio de “doações rigorosamente dentro da lei”.

COM A PALAVRA, A QUEIROZ GALVÃO

“Todos os anos a Construtora Queiroz Galvão recebe diversas solicitações de vários departamentos da empresa para diferentes partidos. Essas solicitações são avaliadas e não refletem a decisão final da companhia. As tabelas apreendidas são estudos preliminares com base nas solicitações recebidas pelas diversas áreas da empresa.
Os números não necessariamente se converteram em doações já que a decisão final da companhia levou em consideração a disponibilidade de orçamento, limite estipulado em Lei para doações eleitorais e a posição dos partidos em relação ao desenvolvimento do País em cada estado. Após análise, as quantias aprovadas compuseram o valor total das doações legalmente feitas aos comitês dos partidos.”

LEIA A ÍNTEGRA DOS DOCUMENTOS APREENDIDOS NA QUEIROZ GALVÃO

Fonte: Estadão

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