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Plenária sobre mobilidade urbana apresenta possíveis soluções para o trânsito de Marília

05 de outubro de 2014 - 00:01

palestrantes

Mobilidade urbana significa deslocamento de veículos e pessoas. De acordo com a Lei nº 12.587/2012, que institui a Política Nacional de Mobilidade Urbana, os municípios acima de 20 mil habitantes são obrigados a elaborar um Plano de Mobilidade Urbana até 2015.

Para a MATRA, essa não é apenas uma incumbência da Prefeitura, mas de toda a sociedade, pois a Lei assegura a participação da sociedade civil no planejamento, fiscalização e avaliação dessa política. Assim, visando ampliar o debate sobre a temática, a MATRA e o Conselho de Maçons realizaram no dia 24 de setembro a Plenária “Mobilidade Urbana em Marília”.

Cerca de 50 pessoas participaram desse importante debate. Dentre elas, estavam presentes os vereadores Cícero do Ceasa, Marcos Rezende, Sônia Tonin, Silvio Harada e Wilson Damasceno, além do Diretor Presidente da Emdurb (Empresa de Desenvolvimento Urbano e Habitacional de Marília), Cléber Pinha Alonso, o Presidente da ACIM (Associação Comercial e Industrial de Marília), Libâneo Nunes, representantes do Conselho de Habitação de Marília e representantes do Conselho de Leigos.

Na abertura da palestra, as alunas do curso de Medicina da Famema, Airi Harada e Carolina Lopes, apresentaram dados sobre acidentes de trânsito em Marília. Em seguida, o médico e membro da MATRA, Carlos Rodrigues da Silva Filho, falou sobre as consequências dos acidentes envolvendo motos.

Para o palestrante, “a discussão desse tema em uma plenária sobre mobilidade urbana representa os sinais da ‘doença’ de um organismo (mobilidade) que não funciona”, disse.

O médico ainda afirmou que este é um problema complexo e que deve ser encarado. “Para equacionar e enfrentar a mortalidade ascendente é necessário que se reveja a suspensão do poder deliberativo do Conselho de Habitação e que se operacionalize a cidade em benefício dessa e das próximas gerações”.O médico ainda defendeu que a municipalidade e a sociedade devem elaborar uma política de prevenção. Para tanto, sugeriu a criação de uma Comissão de Prevenção formada por gestores públicos, usuários  de moto, Ministério Público Estadual e Federal, dentre outras parcelas da sociedade.

O palestrante e membro da MATRA, Edgar Cândido Ferreira, apresentou os dados do trânsito de Sorocaba, cidade que possui uma Central de Monitoramento de Trânsito. “Sorocaba é exemplo em planejamento. Sua frota de 2001 a 2013 saiu de 196 mil para 420 mil veículos, representando um aumento de 114,29%, ou seja, mais que o dobro. No entanto, graças a um planejamento de longo prazo, envolvendo a Prefeitura, seu órgão gestor, a URBES (Empresa de Desenvolvimento Urbano e Social de Sorocaba), a Associação Comercial e Industrial e entidades representativas da sociedade civil e empresarial, nos últimos dois anos, a cidade apresentou índice percentual de óbitos no trânsito de menos da metade em relação Marília”, disse.

O último palestrante, Mateus Araújo e Silva, Diretor do Departamento de Trânsito de São Carlos, apresentou algumas sugestões para aperfeiçoar a mobilidade urbana. O palestrante defendeu a melhora na oferta de transporte coletivo, pois um ônibus é capaz de transportar 50 pessoas, o que aliviaria o fluxo de veículos.

Além disso, é necessária a sincronização dos semáforos e melhorias na sinalização, implantação de placas sinalizando os principais pontos da cidade, iluminação de cruzamentos e melhorias na visibilidade de intersecções.

Ao fim da plenária, os presentes puderem fazer questionamentos aos palestrantes. Para a MATRA, essa discussão deve continuar. Pensar em soluções para os problemas que afligem a nossa cidade também é cidadania. Futuramente, a entidade realizará outras ações no sentido de continuar esse debate.

ASSISTA AO VÍDEO DA PLENÁRIA:

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