Por sete votos a seis, Câmara rejeita fim do voto secreto em Marília
Na Sessão da Câmara dessa segunda-feira, foi rejeitado, por sete votos a seis, o projeto de autoria do vereador Mário Coraíni Jr. que previa o fim do voto secreto no Legislativo Municipal.
Em Marília, os vereadores podem recorrer ao voto secreto em quatro ocasiões: em votações sobre a cassação de mandato de parlamentar; eleição da Mesa da Câmara; destituição de membros da Mesa da Câmara e; apreciação de veto aplicado pelo Executivo a Projeto de Lei.
Na defesa de seu projeto, Coraíni afirmou que, para ele, o voto secreto só se justifica para o eleitor, que pode sofrer pressões por parte de candidatos e organizações políticas que disputam o processo eleitoral.
De acordo com Coraíni, esse não é o caso dos parlamentares (sejam eles vereadores, deputados estaduais e federais ou senadores), que exercem mandato, ou seja, são ‘mandados’ pelo povo e devem representá-lo.
“O voto secreto nos parlamentos é um instituto embolorado, que enfraquece a democracia, na medida em que compromete a transparência dos atos dos legisladores. Os eleitores têm o direito de saber como se comportam seus representes”, argumenta o vereador na Justificativa de seu projeto.
Foram contrários à matéria os vereadores Herval Rosa Seabra, José Carlos Albuquerque, Donizeti Alves, Pedro do Gás, Eduardo Gimenes, César ML e Yoshio Takaoka.
Já Mário Coraíni Jr., Wilson Damasceno, Júnior da Farmácia, Eduardo Nascimento, Sydney Gobetti e Marcos Custódio foram favoráveis.