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Privatizar o tratamento do Esgoto?

06 de julho de 2010 - 00:00

Das aproximadamente 70.000 residências de Marília, cerca de 13.000 não pagam pela água que utilizam. O consumo médio por residência é de cerca de 20 m2, e os hidrômetros são da época da segunda grande guerra, numa grande porcentagem, já vencidos pelo tempo de uso.

Uma quantidade não aferida de residências inicia sua obra sem a instalação de hidrômetros, portanto não pagam pela água consumida em sua construção. Um sem número de empresas, altas consumidoras da água, não pagam por esse consumo. Inúmeros postos de gasolina utilizam água tratada para lavagem de veículos, sem pagarem por ela, e donas de casa “varrem” seus quintais com o esguicho. A porcentagem de vazamento, numa rede de distribuição antiga, não é menor que 15% da água tratada e distribuída. Uma porcentagem importante de residências não tem reservatórios (caixas de água), ficando totalmente vulneráveis à irregularidade de distribuição. O DAEM significa Departamento de Água e Esgoto, e o custo da coleta do esgoto hoje é de cerca de 1/3 do que se paga pela água. Pelo contrato de privatização a ser proposto ele poderá chegar a 80%.

A PMM em nenhum momento cumpriu com sua contrapartida no financiamento, dando a impressão que o único interesse na obra era o reajuste do custo de cerca de R$ 10 milhões antes mesmo que a obra se iniciasse, e todas as suas possibilidades.
Querem mesmo que acreditemos que não existe em Marília ninguém que possa administrar pela perspectiva pública, equacionando erros tão grosseiros e possíveis de serem corrigidos? Ou acham que a iniciativa privada deixará tudo como está sem as cobranças devidas?
 

* Carlos Rodrigues da Silva Filho é médico, professor universitário e diretor da MATRA. Artigo enviado ao jornal Bom Dia Marília

 

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