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Proibido dizer PCC?

03 de agosto de 2010 - 09:49
 

 

 

* Carlos Rodrigues da Silva Filho

 

No último sábado, o Comandante do Batalhão da Zona Norte de São Paulo foi atacado por marginais armados, e felizmente sobreviveu. Não é demais lembrar que a cerca de dois anos, o comandante anterior foi executado por um grupo de exterminadores, investigados por ele. Quinze horas depois, a ROTA transformou-se no alvo de um grave ataque. Um suspeito de integrar a facção criminosa foi morto quando disparava contra o prédio. No último domingo, dezenas de automóveis foram incendiados na zona leste de São Paulo. Vocês já assistiram a esse filme? Parece uma campanha de intimidação? Tem alguma semelhança com ataques realizados em maio de 2006, pelo PCC e que conseguiu aterrorizar o estado e colocar a cidade de São Paulo vazia como nos feriados?Pois é. E aí entra a diferença entre a mídia socialmente responsável e a mídia alinhada com projetos políticos, por vezes golpistas. Com a honrosa exceção do Estadão, ninguém publicou o nome PCC. Porque não dar nome aos bois? Seria porque estamos em época eleitoral? Seria porque o atual governo do estado dará publicidade oficial em breve a melhora dos índices de criminalidade e esse fato ofuscaria a publicação. A mídia é uma concessão pública. Os grandes grupos de comunicação nacionais e regionais, tem mesmo servido aos interesses da maior parte da população, como deveriam?

* Carlos Rodrigues da Silva Filho é médico, professor universitário e diretor da MATRA. Artigo enviado ao jornal Bom Dia Marília

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