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PSF: equipe quer melhores condições de trabalho

04 de junho de 2010 - 00:00

De acordo com a classe médica que atua no PSF (Programa de Saúde da Família), as reivindicações junto à administração municipal vão muito além de aumento de salários. Este é um dos itens em meio a uma lista de melhorias das condições de trabalho que beneficiam ainda os demais profissionais da equipe.

“Trata-se de um movimento do PSF. Os médicos estão à frente, mas todas as classes que atuam no programa estão envolvidas”, disse um dos médicos. O PSF tem 31 profissionais de medicina, que estiveram pessoalmente na Secretarias Municipal da Saúde para formalizar as reivindicações na última terça-feira.  O ato público envolveu ainda representantes de outras categorias e nenhum dos profissionais que compareceram à reunião trabalhou na terça de manhã. Uma forma de despertar a atenção da administração municipal.

O documento contendo as reivindicações foi entregue ao secretário municipal da Saúde, Julio Cezar Zorzetto, que assumiu o compromisso de analisar as propostas e responder a elas dentro de alguns dias. Não foi exigido nem firmado prazo para uma contraproposta. De acordo com a classe médica, entre os problemas que afetam a qualidade do serviço prestado está a sobrecarga de pacientes. Cada USF (Unidade de Saúde da Família) responde por mil famílias, ou seja, em média de três a quatro mil indivíduos.

“De acordo com a ética médica, nós deveríamos ficar pelo menos 15 minutos com cada paciente, mas muitas vezes não conseguimos respeitar essa sugestão”, disse o médicos. Outro problema é a falta de segurança para o trabalho noturno, em especial no que tange a profissionais mulheres em unidades da periferia. A equipe de PSF critica também a falta de medicamentos e a dificuldade de se conseguir exames, que dão suporte ao exercício da medicina. “A infraestrutura da rede de um modo geral é ruim”, acrescentou o médico.

Aumento dos salários – Os médicos de Programa de Saúde da Família recebem R$ 7.600,00 por 40 horas semanais, mas pretendem conseguir um reajuste de 100% porque o CRM (Conselho Regional de Medicina) propõe que a categoria em PSF trabalhe 20 horas semanais pelo mesmo valor. “Sabemos que dobrar os salários não será possível, mas aguardamos uma contraproposta”, disse o representante. Segundo ele, neste momento foram apresentados os problemas e a expectativa é que a administração encontre os caminhos para a resolução.

Fonte: Jornal da Manhã

 

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