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Servidores do PSC na Câmara tiveram variação salarial de até 500% para cima e 87% para baixo em apenas dois anos

10 de novembro de 2010 - 00:00

O site Congresso em Foco fez um levantamento sobre a trajetória salarial de funcionários comissionados do PSC na Câmara, entre 2009 e 2010, que mostra que 10 dos 14 servidores do partido viveram uma estranha “montanha-russa” em seus holerites. De acordo com o site, em um mês um funcionário recebe R$ 1,9 mil, no outro sobe assombrosamente para R$ 12 mil para em seguida despencar para R$ 1,2 mil.

De acordo com o levantamento, esse sobe-desce salarial variou de R$ 1.200 a R$ 12 mil, assim, foi possível identificar aumentos de 569% e reduções de até 87%. O período das variações não ultrapassa 18 meses.

Segundo o site, para o corregedor da Câmara, deputado ACM Neto (DEM-BA), esses fatos são, no mínimo, curiosos e podem levanta a suspeita de que o salário real do servidor não tenha de fato toda essa variação, e seja só uma parte fixa previamente combinada da “montanha-russa” que aparece no contracheque.

Outros parlamentares ouvidos pelo Congresso em Foco desconfiam que esse sobe e desce salarial aplicado pelo PSC tem todas as características de ser um esquema de desvio de dinheiro e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) defendeu uma investigação da Corregedoria da Câmara, da Polícia Federal e do Ministério Público.

Entenda

O site Congresso em Foco analisou a trajetória salarial dos 20 servidores que passaram pelas comissões destinadas ao PSC em 2009 e 2010 – da Amazônia, dirigida por Silas Câmara (AM), no primeiro ano, e de Segurança, dirigida por Laerte Bessa (DF), no segundo.

Seis funcionários da Comissão de Segurança não tiveram mudanças salariais e foram descartados do levantamento, que foi feito nos 14 funcionários restantes. Desses, apenas dois tiveram salários estáveis nos dois anos – um teve apenas aumentos, outro apenas decréscimo – os outros viram seus salários oscilarem para cima ou para baixo. Em alguns casos, há um intervalo de alguns dias a dois meses na troca de um cargo pelo outro.

A situação é realmente estranha e merece ser analisada rigorosamente.

 

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