Sindicância sobre irregularidades no Minha Casa Minha Vida terá mais 30 dias
O Ministério das Cidades e a Controladoria-Geral da União (CGU) deram mais 30 dias para que a comissão de sindicância aberta apure irregularidades no programa Minha Casa Minha Vida. A portaria interministerial foi publicada nesta quinta-feira no “Diário Oficial”. Foi uma resposta ao pedido do integrantes da comissão que solicitaram ao ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, mais tempo para apresentar um relatório com as conclusões.
O prazo inicial de 30 dias para a conclusão da investigação terminou nesta quinta-feira, mas a comissão ainda não recebeu toda a documentação solicitada na investigação sobre a criação de empresas fantasmas por ex-servidores do Ministério das Cidades para fraudar o programa habitacional, como revelou o GLOBO no dia 14 de abril.
Um dos dois responsáveis pela apuração o corregedor-adjunto da Advocacia-Geral da União (AGU), Renato Machado de Souza, está em férias e somente retornará ao trabalho na sexta-feira. Ele e Luiz Henrique Pandolfi, procurador federal, levantam informações sobre RCA Assessoria, empresa comandada por Daniel Vital Nolasco, ex-diretor de Produção Habitacional da pasta e filiado ao PCdoB.
O GLOBO revelou que ele e os sócios usavam empresas fantasmas para – ao mesmo tempo — repassar dinheiro público, construir e fiscalizar as obras em cidades com menos de 50 mil habitantes. Concorrências eram simuladas para que empresas instaladas no mesmo endereço da RCA fossem habilitadas para construir as casas populares.