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Sociólogo João Paulo Viana diz que corrupção não é apenas um problema brasileiro

02 de setembro de 2010 - 00:00

O cientista político João Paulo Viana foi o entrevistado do programa A Voz do Povo, da rádio Cultura FM 107,9, dirigido pelo jornalista e advogado Arimar Souza de Sá.

No programa, que tratou como tema o dia nacional de combate a corrupção eleitoral,  o professor lembrou que a corrupção não é apenas um problema brasileiro, mas sim, mundial.

Segundo Viana, no tocante a corrupção eleitoral no primeiro mundo, a Alemanha é um grande exemplo, já que na década de 90 durante o governo do 1º ministro Helmut Kohl, foi descoberto um grande esquema de corrupção no financiamento de campanhas, o que representou um escândalo sem proporções numa das mais importantes democracias do mundo.

João Paulo lembrou que não há como acabar com a corrupção. Entretanto, afirma ele, podemos reduzir os índices drasticamente, com o apoio de dois remédios essenciais “educação e punição”.

“A corrupção é um fenômeno social, para isso precisamos do Estado, que através de suas instituições de controle exerce a o seu poder de punição”, diz ele.

Ao lembrar que no Brasil as Instituições de Controle, tais como o Ministério Público, o Tribunal de Contas, os TRE’s, tem passado por um processo de oxigenação nos últimos anos, Viana frisou que a sociedade também exerce papel importante por meio do controle social. “A participação do cidadão é vital no processo democrático. Ele pode denunciar, as ouvidorias estão aí para isso.” E citou o filósofo Rousseau, que afirmava “crie cidadãos e você terá todo o necessário para a manutenção da ordem política”.

Ainda segundo o sociólogo, a Lei da ficha limpa pode ser observada como uma conquista social, mas o seu sucesso ainda depende da Justiça e do próprio eleitor, pois hoje em dia possuímos importante acesso à informação e isso pode fazer a diferença na hora do voto.

Para isso, afirma ele “O eleitor precisa de informação e ele mesmo tem que procurar saber o passado do seu candidato, o que já fez de bom para a sociedade, quais são as propostas dele, além de conferir se ele é ficha limpa ou não. Isso é uma construção permanente”.

 

Fonte – Rondonotícias – Rondônia

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