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Sucateamento? Crise no abastecimento evidencia a possível privatização do Daem

06 de setembro de 2013 - 10:43

Daem

O agravamento da crise no abastecimento de água da cidade nos últimos dias evidencia uma possibilidade que já vem sendo comentada há muitos anos: a privatização do Daem (Departamento de Água e Esgoto de Marília). O assunto é polêmico e ainda gera muitas dúvidas.

A falta de investimentos próprios e a frota sucateada são outros indícios de que a privatização pode acontecer.

A construtora OAS, que venceu a licitação e já recebeu ordem de serviço para executar a obra de afastamento e tratamento do esgoto vai receber R$ 103 milhões provenientes do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), seria uma das mais interessadas na concessão do DAEM.

Inclusive, a OAS atua no segmento de soluções ambientais e anunciou em sua revista a intenção de comprar 35 estações de tratamento de água no interior de São Paulo. A empresa já possui trabalho semente em Araçatuba.

O Jornal da Manhã apurou que o DAEM está avaliado em aproximadamente R$ 400 milhões.

O vereador Wilson Damasceno disse que é totalmente contra a privatização do DAEM, uma vez que se trata de um patrimônio do município. “O ex-Prefeito Mário Bulgareli já havia tentado privatizar a Autarquia, mas como ele não tinha os nove votos necessários na Câmara, apelou para a Justiça com o intuito de tirar a validade da lei de autoria do ex-vereador Aldo Pedro Conelian. Porém, eu e o vereador, à época, Júnior da Farmácia conseguimos derrubar a liminar que a Prefeitura havia conseguido”. De acordo com Damasceno, a Prefeitura deve cerca de R$ 30 milhões de contas de água no DAEM. “O que precisa é começar a pagar esta conta”, salientou.

O edil pretende mobilizar a população para evitar que o projeto de lei seja aprovado na Câmara Municipal para privatização da Autarquia. “O mais curioso é que este mesmo grupo que hoje está na administração na época em que Bulgareli queria privatizar o DAEM era contrário”.

Damasceno lembra ainda que uma privatização pode pesar no bolso do contribuinte. “Justo agora que teremos a conclusão da obra de afastamento e tratamento de esgoto. O povo pagou o esgoto sem tratar por 50 anos e agora vai assumir uma empresa e aumentar a cobrança”.

Fonte: Jornal da Manhã

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