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Tabela SUS; Reajuste Já!: Representantes de hospitais e entidades filantrópicas realizam ato público

08 de abril de 2013 - 14:39

Hoje (08), representantes das quatro instituições filantrópicas e sem fins lucrativos de Marília e prestadoras de serviços ao SUS (Sistema Único de Saúde), formadas pela Santa Casa, Maternidade Gota de Leite, Hospital Espírita e Hospital Universitário se uniram na mobilização “Tabela SUS; Reajuste Já!”.

O ato público aconteceu nesta manhã na sala “Nassib Cury” na Câmara Municipal. O objetivo foi mostrar à sociedade a situação financeira dos hospitais e entidades que prestam serviços ao SUS, pois a cada R$ 100 gastos para tratamentos, são repassados pelo Sistema de Saúde apenas R$ 60, gerando um grave déficit financeiro.

No ano passado, o SUS faturou somente na Santa Casa de Marília R$ 28.801.486,25, deixando de pagar R$ 15.282.159,81.

As entidades e hospitais também deixaram de realizar hoje cerca de 1000 atendimentos não emergenciais como ação de protesto e sensibilização pública, pois o SUS repassa um valor muito abaixo para cirurgias, procedimentos e exames.

Para se ter uma ideia da defasagem nos valores pago pelo SUS, é repassado R$ 10 por uma consulta médica, enquanto os convênios pagam R$ 60. Para o exame de uretra, o SUS paga R$ 1,52, para um hemograma é repassado R$ 4,11 e por um eletrocardiograma, o valor repassado é de R$ 5,15. Para uma cirurgia cardíaca o SUS paga R$ 6.956,00. Em contrapartida, convênios médicos repassam R$ 24.250,00.

Segundo o Provedor da Santa Casa, Milton Tédde, o “Reajusta Já!” é um movimento que solicita ao Governo Federal um reajuste da Tabela SUS, em virtude de as Santas Casas e entidades estarem trabalhando com um déficit financeiro.

“Como o SUS repassa um valor muito abaixo, os hospitais e entidades filantrópicas estão quase falindo. Hoje, o endividamento de todas as Santas Casas do país é de aproximadamente R$ 12 bilhões, por isso somente no estado de São Paulo, 430 Santas Casas não realizarão atendimentos”, disse Milton Tédde.

De acordo com a superintendente da Santa Casa, Kátia Ferraz Santana, faz 20 anos que o SUS não realiza um reajuste linear.

Ilustração compara valores repassados pelo SUS aos hospitais e entidades aos preços de produtos e alimentos.

Coleta de assinaturas

Além dos protestos e conscientização, os administradores hospitalares e entidades estão recolhendo assinaturas para viabilizar um Projeto de Iniciativa Popular que garanta investimento mínimo de 10% do orçamento da União na área da saúde.

Segundo Kátia Santana, já foram recolhidas 1 milhão de assinaturas, restando somente 400 mil.

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