Tarso defende aposentadoria a ex-governadores, mas diz que proporá mudanças na lei
O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), disse hoje que vai propor mudanças na lei estadual que regula o pagamento de aposentadorias para ex-governadores do Estado.
Ele disse que o governo enviará à Assembleia Legislativa um projeto que permita ao Estado descontar da atual pensão (R$ 24 mil) valores que o beneficiário receba de outras fontes como aposentadorias do serviço público ou planos previdenciários privados.
A inclusão do ex-governador Pedro Simon (PMDB) entre os privilegiados, mesmo acumulando salário no Senado, reacendeu a polêmica no Estado. Simon diz que vai avaliar se continuará recebendo a pensão em março, quando voltar a Brasília.
O petista não citou nenhum de seus antecessores no cargo e defendeu que os ex-governadores recebam a aposentadoria para que não dependam de favores depois de deixar o cargo.
"Não compartilho da visão que a pensão em si mesmo seja um erro. O que pode estar errado são os valores. Estão errados os tetos dos salários do serviço público. São extremamente elevados em relação aos mínimos valores que recebem a base do serviço público", disse.
Segundo ele, a aposentadoria deveria garantir que os ex-mandatários possam ter uma "vida de classe média".
"A justiça da pensão em si depende do caso concreto do governador, se ele precisa ou não", declarou.