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TJ nega recurso e Nelsinho continua investigado por fraude em licitação

02 de junho de 2010 - 00:00

O Tribunal de Justiça negou recurso e manteve ação que investiga esquema fraudulento mantido pelo chefe de gabinete Nelson Grancieri (foto), o Nelsinho, para desviar dinheiro em licitações envolvendo publicidade oficial do município. Nelsinho e o assessor de imprensa da prefeitura Ronaldo Medeiros são acusados de montar esquema e desviar com ajuda de uma agência de publicidade mais de R$ 88 mil referente a serviços de impressão de uma revista não entregue.

A fraude teria ocorrido na véspera da campanha eleitoral de 2008 e envolve até denúncia de uso de notas frias e empresa fantasma da capital, segundo o Ministério Público. O recurso foi julgado – e negado por unanimidade – anteontem pelos desembargadores da 10ª Câmara de Direito Público do TJ. Além do relator Antonio Carlos Villen também rejeitaram o pedido os juízes Antonio Celso Cortez e Teresa Ramos Marques.

A defesa de Nelsinho protocolou o pedido no dia 13 de maio, tentando desqualificar decisão da 5ª Vara Cível de Marília, que aceitou a denúncia do MP. Perdeu.

O ESQUEMA

O escândalo envolvendo esquemas do chefe de gabinete da prefeitura e o assessor de imprensa Ronaldo Medeiros é investigado no processo 982/09 que acusa ambos de improbidade administrativa. Caso condenados, além de devolver o dinheiro desviado, eles podem ter direitos políticos cassados.

Segundo o MP, o esquema visava confeccionar 150 mil revistas, que não foram feitas, mas notas fiscais emitidas e pagas com autorização de Grancieri e Medeiros. Na época pelo menos duas blitze foram feitas na prefeitura, constatando a fraude e pagamento da nota sem a entrega do serviço. Descoberto o esquema, os acusados tentaram envolver outra empresa, a Boa Impressão, da capital paulista, que está inativa desde 31 de julho de 2002, segundo a Receita Federal.

 


Governistas criticam

 


No mesmo dia em que o TJ negou recurso e manteve investigação contra Nelsinho, o chefe de gabinete de Bulgareli foi alvo de duros ataques de vereadores governistas que condenaram o balcão de negócios montado no segundo andar da prefeitura. De forma irônica, Nelsinho chegou a ser apelidado pelo vice-presidente da Câmara de Marília, vereador Eduardo Gimenes, de “primeiro-ministro”. “Tudo tem de passar por ele, até uma agulha”, disse.

Outro que fez ataques ao chefe de gabinete foi o vereador Yoshio Takaoka, que usou a tribuna para avisar que não é submisso ao poder exercido pelo chefe de gabinete. Takaoka disse também que existem 16 pontes rurais caídas, que recentemente por causa do descontentamento de algumas pessoas com o governo Bulgareli teve de “deixar às pressas senão apanhava” uma festa num distrito de Marília.

O vereador também criticou a centralização de pedidos em Nelsinho e disse que não vai ficar passando chapéu como se precisasse de favores do chefe de gabinete. Os discursos provocaram a ira de outros governistas, como José Carlos Albuquerque e Sidney Gobetti, líder do prefeito na Câmara, que tentaram defende o chefe de gabinete. Revoltado, Takaoka disse que Albuquerque deveria se preocupar com seus eleitores em uma troca mútua de ofensas e acusações de corrupção.
 

Fonte: Diário de Marília

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