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TSE quer aperfeiçoamento do sistema eletrônico de votação

10 de novembro de 2009 - 00:00

Na manhã desta terça (10), 17 dos 38 participantes dos testes de segurança na urna eletrônica e em componentes do sistema eletrônico de votação (foto) começaram as tentativas de violação dos programas. O objetivo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com a colocação dos softwares à prova, é receber contribuições para o aperfeiçoamento do processo informatizado de votação.

Estão em execução testes propostos por: Cáritas Informática, Marinha, Superior Tribunal de Justiça e por um especialista que se inscreveu por conta própria. Os demais inscritos irão realizar os seus testes nos próximos dias, de acordo com cronograma aprovado pela Comissão Disciplinadora dos testes.

Os inscritos apresentaram previamente planos de testes com duas finalidades básicas: tentar provar que é possível desviar parcela da votação de um candidato para outro ou tentar demonstrar que é viável identificar o voto do eleitor.

Contribuições

A primeira contribuição pode ter surgido nos testes iniciados pela Cáritas Informática, empresa privada de auditoria que já representou o Partido dos Trabalhadores na análise de código fonte de softwares de votação e em solenidades no Tribunal de lacração de softwares das urnas eletrônicas de eleições passadas.

A Cáritas se propôs a quebrar várias barreiras existentes para tentar inserir dados na urna eletrônica de uma seção eleitoral. Os representantes da empresa conseguiram abrir o lacre de um envelope que estava em fase de teste para ser utilizado em 2010. A função dele é guardar o cartão de memória flash, dispositivo que transporta dados a serem inseridos nas urnas, como a relação dos eleitores da seção e softwares de votação. Essa é a primeira de uma série de barreiras que o grupo terá de vencer para o êxito do teste.

"A contribuição é bem-vinda e o TSE já identificou formas de aperfeiçoamento da lacração do envelope. De qualquer forma, esse é um dispositivo que não influencia na modificação de softwares e de dados, porque representa apenas um selo para vedação de um envelope que contém o cartão de memória flash com softwares e dados. Há outras inúmeras barreiras tecnológicas", explicou o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino.

Como analogia, Giuseppe comparou as várias barreiras do sistema eletrônico de votação a um conjunto de lápis. A dificuldade de quebrá-los será maior quanto mais lápis estejam agrupados.

A verificação da lacração do envelope não estava prevista no plano de testes do grupo, mas o TSE forneceu o material e as informações necessárias para facilitar o recebimento de contribuições como essa. O procedimento ainda será analisado pela Comissão Avaliadora, integrada por pessoas independentes e com grande conhecimento sobre o sistema.

 

Fonte: TSE

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