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UPA reduz atendimento em 70%

25 de novembro de 2016 - 11:47

Segundo reportagem veiculada na edição de hoje (25) do Jornal da Manhã, a UPA (Unidade de Pronto Atendimento), recém inaugurada na zona norte, reduziu o volume diário de atendimento a 70% do que era. Isso porque desde segunda-feira o serviço tem mantido o foco do trabalho, que é atender pacientes com urgências e emergências. A restrição economiza recursos para quem realmente precisa do Pronto-Atendimento, que passa por dificuldade financeira em razão da inadimplência da Prefeitura.

A decisão de ter maior rigidez quanto ao foco da UPA começou na última segunda-feira por conta da inadimplência da Prefeitura, que deixou de pagar R$ 400 mil/mês desde julho e em novembro não havia efetuado nenhum repasse até quarta-feira, quando pagou apenas um terço do valor conveniado.

Ainda segundo o jornal, a Prefeitura deixou de pagar a ABHU (Associação Beneficente Hospital Universitário), da Unimar, gestora da UPA. “Só recebemos o valor integral conveniado de R$ 1,5 milhão em maio, quando a UPA foi inaugurada. Nos meses seguintes o Município pagou R$ 1,1 milhão e em novembro pagou R$ 500 mil somente agora (última quarta), final de mês”, mencionou a presidente da ABHU Márcia Mesquita Serva.

Com a dívida municipal acumulada de R$ 2,6 milhão, a UPA não pode fazer novos pedidos de medicamentos e insumos aos fornecedores, que bloqueiam as compras até o recebimento dos atrasados. E precisa otimizar os recursos disponíveis para quem realmente precisa da Unidade de Pronto-Atendimento.

UPA é para urgência e emergência

A Unidade de Pronto-Atendimento foi construída para urgências e emergências de média complexidade, mas na prática recebe muitos pacientes com quadros de baixa complexidade e que permitem o agendamento de consultas na rede básica.

“Recebemos muitos pacientes que não se encaixam em nosso público-alvo. Eles vêm espontaneamente ou erroneamente referenciados da sua unidade de saúde. Nesses casos, estamos fazendo a contra-referência para o posto, que tem a competência e a responsabilidade desse tipo de atendimento”, contou a presidente da ABHU.

Com a restrição ao público-alvo, a UPA conseguiu uma redução de 30% no volume de atendimento diário, passando da média de 400 pacientes/dia (desde a inauguração) a 280.

A ABHU utilizou recurso do HBU (Hospital Beneficente Unimar) para pagar 50% dos salários dos funcionários da UPA e com os R$ 500 mil repassados na quarta-feira foi possível acertar a folha de pagamento.

Sem previsão para 13º salário

No entanto, Márcia Mesquita Serva está preocupada com o pagamento do 13º salário e com a necessidade da regularização orçamentária pela Prefeitura para a continuidade do serviço da UPA. Com o Hospital Beneficente Unimar a Prefeitura também está inadimplente, devendo hoje R$ 1, 202 milhão.

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