Vereadores discutem privatização do Daem

Durante a sessão camarária de ontem (10), vereadores novamente utilizaram a tribuna para discutir uma possível privatização ou concessão do Daem (Departamento de Água e Esgoto de Marília).

O vereador Mário Coraíni Júnior criticou a falta de pagamento da dívida da Prefeitura para com o Daem, que alcançou R$ 42 milhões. “Qual é a empresa que funcionará sem recursos? Não tem água porque não tem poços. E não há poços porque o Daem não tem recursos. O Daem está falido. Mas essa história foi ‘encenada’ para convencer população a aceitar a privatização. E isso já foi lançado nessa tribuna. Estou aqui alertando que estamos dando sequência a um plano maquiavélico para entregar o Daem a um grupo”, disse.

O vereador Wilson Damasceno disse que na gestão passada o ex-Prefeito Mário Bulgareli tentou derrubar uma lei que proíbe a venda do Daem, mas o projeto não foi aprovado na Câmara Municipal.  Segundo ele, a questão deve ser discutida, pois qualquer empresa privada irá visar o lucro.

Marcos Rezende disse que é contrário à privatização, pois esse compromisso foi adotado quando estava fazendo campanha eleitoral.  Já Herval Rosa Seabra disse que a discussão é inoportuna, pois até o momento não há rumores sobre a privatização.

Ainda sobre esse assunto, Sônia Tonin afirmou que está estudando profundamente a questão. De acordo com ela, existe uma diferença entre privatização e concessão.  “Privatização é quando a Administração Pública abre mão do patrimônio público. Já a concessão acontece quando o governante faz um processo licitatório para conceder a exploração do órgão público a uma empresa privada por tempo determinado. Reitero a necessidade da discussão. Basta andar na cidade para ver o serviço mal feito pelo Daem, que não tampa os buracos que abre e não conserta os vazamentos. Se a concessão for o melhor caminho para o Daem realizar um serviço melhor, estou aberta para votar a favor”, disse.