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Vereadores governistas rejeitam sumariamente emendas ao Orçamento propostas por oposicionistas

06 de dezembro de 2011 - 16:19

Na Sessão da Câmara desta segunda-feira, sem a participação dos cinco vereadores de oposição, os parlamentares governistas aprovaram o orçamento municipal de R$ 654 milhões para o exercício de 2012.

Os vereadores Mário Coraíni Júnior, Wilson Damasceno, Júnior da Farmácia, Sydney Gobetti e Eduardo Nascimento se retiraram do plenário e não participaram da votação do texto principal e das emendas por não concordarem com um trecho do projeto que, em desacordo com a Constituição Federal, autoriza que o Executivo, sem aval da Câmara, a remanejar recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro.

“Esse artigo desmoraliza essa Casa. Todas as emendas que votarmos agora não irão valer de nada. A Câmara não pode ser tão submissa ao ponto de autorizar o Executivo a praticar aquilo que a Constituição veda”, disse o vereador Sydney Gobetti ao requerer verbalmente que esse trecho fosse votado em separado do resto do projeto.

Após a base aliada rejeitar o pedido de Gobetti, os cinco vereadores de oposição se retiraram do plenário.

“Nos abstivemos de participar de uma votação que quer dar um cheque em branco ao prefeito para que ele faça o que quiser com o dinheiro público de Marília”, comentou Wilson Damasceno.

Assim que os oposicionistas se retiraram, o vereador Herval Rosa Seabra pediu ao presidente da Casa, Yoshio Takaoka, que as emendas fossem votadas de forma agrupada por autor.

Em seguida, virou-se para seus companheiros e ordenou: vamos rejeitar as emendas dos que não estão presentes. E assim foi feito.

Além de Seabra, participaram da rejeição em massa os vereadores José Carlos Albuquerque, Donizeti Alves, Eduardo Gimenes, Pedro do Gás e César ML.

O único vereador da posição que não concordou com o esquema articulado por Seabra foi Marcos Custódio.

Ao todo, 23 emendas apresentadas pela oposição foram sumariamente rejeitadas.

Veja todas as emendas rejeitadas aqui

Dentre as propostas que foram rejeitadas pelos vereadores estavam pedidos de verbas para construção de uma clínica pública para tratamento de dependentes químicos (de autoria de Wilson Damasceno) e para às entidades assistenciais Pauta Antidrogas, Amor Exigente, Lar de Assistência à Criança, Vicentinos, Procria São Judas Tadeu, Restaurante Infantil, entre outras (de autoria de Eduardo Nascimento).

A MATRA considera lamentável a postura desses vereadores que, por motivos pessoais passam por cima dos interesses de toda a população. É inadmissível que parlamentares, eleitos para representarem o povo, brinquem com a elaboração de propostas de políticas públicas para a cidade.

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