Como está, fica! Nada muda na CPI da Merenda da câmara

Mesmo com as discordâncias e brigas internas, nenhum membro da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada na Câmara de Vereadores de Marília deverá ser trocado. A reunião da Comissão na última terça-feira – oficialmente, a segunda dos trabalhos de investigação – terminou em ritmo de discórdia entre seus integrantes.

O encontro culminou com seu presidente, Mário Coraíni Júnior, pedindo a substituição do relator, Herval Rosa Seabra, que por sua vez, pediu a substituição do presidente da comissão. A CPI tem ainda o vereador Eduardo Gimenes como membro.

Os pedidos foram encaminhados para avaliação da assessoria jurídica da Câmara para que, diante do parecer, o presidente da casa, Yoshio Takaoka, decidisse o que seria feito. O parecer, no entanto, foi por manter a formação atual da CPI.

De suma importância

Deve-se ressaltar que a CPI, cujo pedido inicial para sua criação foi de Coraíni, surgiu para investigar as denúncias de envolvimento do prefeito Mário Bulgareli e seu antecessor, Abelardo Camarinha, no caso que ganhou grande repercussão na mídia nacional e ficou conhecido como “Máfia da merenda”.

O caso, que envolve 57 municípios e dois estados, é tão grave que vem sendo investigado em diversas cidades, incluindo pelo Ministério Público, no caso de Marília, onde segue em segredo de justiça.

Essa semana, Coraíni esteve em São Paulo para retirar cópias de auditorias realizadas pelo TCESP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) em contratos mantidos entre Prefeitura de Marília e SP Alimentos para fornecimento de merenda escolar.

A MATRA espera, pelo bem da população, que os trabalhos de investigação sejam pautados pela seriedade, já que o caso investigado envolve dinheiro público que sai dos bolsos de cada cidadão mariliense e que cuja consequência acarreta ainda o comprometimento da qualidade da merenda servida às nossas crianças.