As bactérias que pensam ser gente

Há anos Marília vive um drama político: uma bactéria infecciosa que pensa ser gente, se apoderou do poder, cercou-se de vermes corruptos e luta arduamente para não largar o poder. Impedido de ficar eternamente no cargo de prefeito, transita por outros cargos onde é tido como um dos piores que já passou por onde passou. É usada como o palhaço ao dar declarações estapafúrdias que desviam a atenção de todos e camufla o ato principal de corruptos como ela. A última delas foi recente, quando os deputados federais se deram 62% de aumento salarial e passaram literalmente a “ganhar” na moleza R$ 27 mil.

Foi eleita pelos colegas de bolso farto para dar a cara larga para bater e falar sobre o assunto que escandalizou o País. Para ela isso é nada, já que detém uma das maiores fichas sujas de todo Congresso Nacional. Falou e falou tirando sarro na cara de todos brasileiros dizendo que precisa ganhar muito para cumprir compromissos como de ser padrinho de casamento. É de chorar de raiva ao ver a qualidade ruim de nossa política estampada na cara desse ser funesto que de tão irônico beira a psicopatia.

Bem, mas o problema de Marília não reside apenas nesta bactéria louca que conhece como ninguém os caminhos da política corrupta do país e vai amarrando o rabinho com todos iguais. O problema é que, além de um filho legitimo infiltrado também na política, o ser que quer ser eternamente prefeito, proliferou cepas de bactérias na política municipal. Assim como ela, são extremamente letais ao dinheiro público. Estas cepas estão em todos os poderes do município, infiltrados no legislativo, em parte da imprensa, em parte das entidades, etc. e, especialmente, nas famílias de cidadãos fracos que, de tanto vê-las roubar impunemente, decidiram se vender. Como? Vendendo votos de toda família a troco de empreguinhos ou simplesmente churrasquinhos, cervejadas e tapinhas nas costas. São alimentadas também por pessoas letradas, de bom berço, com boas contas bancárias que preferem fechar os olhos e se beneficiar da benevolência com as coisas públicas, desde carguinhos simbólicos, passando por licitações suspeitas a benefícios burocráticos e outras.

Mas o Fórum Social de Marília (FSM) está disposto a barrar as ações nefastas dessas bactérias na política da cidade. A recém-nascida entidade já conta com a participação de dezenas de entidades e cidadãos que tem por meta principal dar um basta a estes microorganismos que pensam serem donos da cidade e agem alucinadamente. Entre as muitas suspeitas de corrupção, atualmente estão empenhados em atrapalhar uma CPI que tenta investigá-los por desvios dos recursos da merenda escolar. Também recentemente, derrubaram um patrimônio histórico do município, o coreto da Praça Fragata. Empurram com suas barrigas soluções que deveriam ser urgentes, como a greve dos médicos da saúde municipal, a questão do transporte coletivo, do tratamento de esgoto, do destino do lixo urbano, da falta de água, dos buracos no asfalto, o desfavelamento, etc., enquanto gastam dinheiro público em propagandas enganosas dizendo que a cidade que maltratam é um “canteiro de obras”

E na base do delírio, sem o mínimo respeito ao senhor ninguém, as bactérias começaram a se articular para lançar um prefeito. A da vez já é chamada de “Prefeito Nelsinho” e é considerada uma das mais perniciosas da sua cepa. Ganhou força porque a bactéria reeleita tornou-se completamente acéfala, apesar de esperta para atos sujos.

Mas no que depender da luta do FSM, esta sujeirada toda será brevemente removida. Não dá mais para aguentar tanta bandalheira. Esta mensagem ficou clara na última reunião da FSM, no dia 24 de maio, na sede da OAB. Depois de mais de 30 anos de desmandos, a vontade de ter uma cidade comandada por pessoas decentes e competentes vem crescendo e se proliferando mais, bem mais que estas bactérias que pensam ser gente, mas sequer sabem o significado e o valor da palavra honestidade. E se você também acredita e sonha que outro poder na cidade é possível, junte-se ao FSM. Há várias manifestações marcadas. Para saber mais acesse o site http://fsm-online.blogspot.com

Autora: Márcia de Oliveira, cidadã e jornalista